Os efeitos do colapso do ecossistema da FTX adevem ser sentidos ainda por muito tempo, segundo uma análsie da Bitfinex. De acordo com analistas da Bitfinex esta semana, devido a queda de mais de 20% no preço do Bitcoin (BTC), muitos holders de Bitcoin estão no prejuízo e isso não é bom.

"Muitas moedas são mantidas em prejuízo à medida que avançamos no que pode ser apenas a metade do atual mercado de baixa. A oferta em perda está a uma distância semelhante da oferta mediana, equivalente aos últimos estágios dos mercados em baixa anteriores", destacou a empresa.

Ainda segundo a Bitfinex, a falência da FTX pode ter sido precificada entre US$ 15 mil e US$ 16 mil, contudo, embora o BTC possa não cair muito além deste níveis, o mercado de baixa deve durar mais tempo do que o previsto pois o evento impactou a credibilidade do mercado.

"A oferta em lucro é sempre rígida e atrasada, mas resta saber se o último evento do cisne negro a impactar a indústria, a falência da FTX, pode marcar essa queda acentuada na oferta de lucro para o BTC, onde pode testemunhar um fundo formação com consolidação de preços nesses níveis. No entanto, com o impacto exógeno do colapso do FTT, é provável que tenhamos uma desaceleração ainda mais longa do que os gráficos estão prevendo atualmente”, afirma a emprsa.

FTX só atrasou o inevitável: cripto vai dominar tudo

O Dr. Martin Hiesboeck, chefe de pesquisa de blockchain e criptomoedas da Uphold, também concorda com a análise da Bitfinex e destaca que o colapso da FTX tem pouco a ver com cripto e menos ainda com a velocidade de adoção de ativos digitais.

Segundo ele, o que Sam Bankman-Fried fez não é a norma, mas a exceção. Ele também aponta que o caso incentivará os países a procurar proteger os consumidores e com isso criar uma orientação regulatória para empresas que garantam confiança e transparência.

"Isso poderia paralisar o espaço de ativos digitais nos Estados Unidos (e, portanto, globalmente) por algum tempo, dando à Europa e ao Reino Unido uma liderança ainda maior em regulamentação e adoção. Porém, a longo prazo, é improvável que o espaço de ativos digitais seja reduzido significativamente por isso. Estamos nessa trajetória de regulamentação mais rígida no ano passado, então, de certa forma, nada mudou", afirma.

Ele também destaca que o BTC sobreviveu a Luna e Do Kwon, e vai sobreviver a SBF/FTX.

"Depois de algumas semanas de águas agitadas, os negócios serão normais. O fato de o Bitcoin nem ter caído tanto (na faixa de US$ 15 mil a US$ 16 mil) é um exemplo. O risco de contágio agora é maior do que nunca, mas acreditamos que seja insignificante. Não se esqueça de como o espaço ainda é pequeno. Acho que a turbulência ao longo de 2022 nos fortaleceu. Há indicadores positivos à frente e agora há um foco em casos de uso da economia real e utilidade real que não vimos na era dos NFTs sensacionalistas", afirmou.

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