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Não culpe os ETFs — venda de BTC está ‘vindo de dentro de casa’, diz analista

Os saques dos ETFs de Bitcoin no último mês foram relativamente pequenos, apesar do crash histórico de outubro que derrubou os preços em 20%.

Não culpe os ETFs — venda de BTC está ‘vindo de dentro de casa’, diz analista
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Os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin registraram menos de US$ 1 bilhão em saídas após o crash histórico do mercado cripto em outubro, que causou uma queda de 20% no preço do BTC, segundo o analista sênior de ETFs da Bloomberg, Eric Balchunas.

Os ETFs encerraram uma sequência de seis dias de saídas na quinta-feira, registrando cerca de US$ 240 milhões em entradas de capital, disse Balchunas, compartilhando um gráfico que mostrava saídas líquidas de aproximadamente US$ 722 milhões no último mês.

“Eu disse a vocês que os boomers que usam ETFs não são brincadeira. Então, quem está vendendo? Para citar aquele filme de terror: ‘Senhora, a ligação vem de dentro da casa’”, afirmou Balchunas.

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Fonte: Eric Balchunas

Os comentários se referem aos 400.000 BTC vendidos por baleias e holders de longo prazo, que realizaram lucros quando o preço do Bitcoin atingiu a faixa dos US$ 100.000 em outubro.

O crash histórico de outubro eliminou cerca de US$ 20 bilhões em posições alavancadas em apenas 24 horas, marcando o maior evento de liquidação da história das criptomoedas e forçando várias empresas de investimento a revisarem para baixo suas previsões de preço.

Holders de longo prazo vendem enquanto investidores de ETF demonstram interesse em cripto

Os holders de longo prazo de Bitcoin — aqueles que mantêm BTC por 155 dias ou mais — venderam 405.000 BTC, avaliados em mais de US$ 41,3 bilhões no momento da redação, segundo o analista da CryptoQuant, Maartunn.

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Variação líquida nas reservas de Bitcoin a longo prazo entre 2022 e 2025. Fonte: Maartunn

Quase metade de todos os investidores em ETF entrevistados pela corretora Charles Schwab em julho e agosto afirmaram que planejam comprar ETFs de cripto, superando os investimentos em ações de mercados emergentes, commodities e ativos reais.

“ETFs são dinheiro lento. RIAs, fundos de pensão e 401(k)s compram regras, não rumores. Eles rebalanceiam, entram aos poucos. Traders entram em pânico, arbitradores desmontam posições, perpétuos entram em cascata”, escreveu no X o autor Shanaka Anslem Perera.

As entradas de capital nos ETFs ajudaram a reduzir a volatilidade do preço do Bitcoin, criando um piso que sustenta o ativo ao atrair recursos de investidores tradicionais, segundo analistas.

Esses fluxos de investimento passivo em ETFs de BTC indicam a maturação do mercado e demonstram uma convicção crescente entre os detentores de ETFs de Bitcoin quanto à valorização de longo prazo do ativo e seu papel como reserva de valor ou ativo macroeconômico.