A grande desvalorização do dólar contra o real, que só em 2020 chega a quase 20% e bateu nos R$ 4,75 nesta segunda-feira tem efeito direto no preço do Bitcoin em exchanges no Brasil, mantendo a maior criptomoeda em um patamar semelhante à alta de 2019, que durou de junho a setembro daquele mesmo ano.

O dólar começou o ano a R$ 4,02 e desde então acumula recordes históricos de desvalorização. As crises globais, como as tensões entre Irã e Estados Unidos e a crise do Coronavírus impactaram também a moeda americana e potencializaram força da alta do Bitcoin neste ano, que saiu de pouco mais de R$ 29.000 em 1 de janeiro para bater os R$ 45.000 em 13 de fevereiro, para depois entrar na atual correção desde a quarta-feira de cinzas.

A alta do dólar, porém, manteve o Bitcoin no Brasil em uma faixa muito acima dos R$ 29.000, R$ 38.700 no fim da tarde desta segunda-feira.

Apesar disso, a queda de 10% no preço do Bitcoin em dólar encontrou uma faixa de preço semelhante ao fundo que perdurou de novembro a dezembro de 2019, US$ 7.874. O fundo de preço do BTC em dólar antes da disparada deste ano foi de US$ 7.063.

Em primeiro de janeiro, com o dólar a R$ 4,02, o Bitcoin valia R$ 29.092 nas exchanges brasileiras. Se a cotação da moeda americana estivesse nesta faixa de preço, o valor estimado hoje do Bitcoin seria em torno de R$ 31.653, valor 20% menor que o preço médio do Bitcoin nas últimas 24 horas, R$ 39.700.

Na alta de 2019, o Bitcoin passou dos R$ 49.000 e beirou os R$ 50.000, para depois se consolidar na faixa entre R$ 38.000 e R$ 44.000 até a segunda metade de setembro do mesmo ano.