Ciência descentralizada está como o início do DeFi em 2019, afirma VC de Cripto

Os protocolos de ciência descentralizada (DeSci) estão onde as finanças descentralizadas (DeFi) estavam em 2019 — incipientes e ainda não testados nos mercados, mas possuindo “um potencial massivo”, disse um executivo do setor.

“Tudo ainda é cru, experimental, mas há uma compreensão subjacente [...] de que existe um potencial massivo,” disse Andrew Kang, fundador e sócio da firma de capital de risco focada em cripto Mechanism Capital, em um post de 24 de novembro na X.

Kang afirmou que os projetos de DeSci estão evoluindo e provavelmente mudarão seus modelos e produtos, como fizeram os protocolos de DeFi Maker, Synthetix e Aave por volta de 2019, antes de se expandirem.

Os projetos de DeSci que Kang considera mais interessantes são BIO Protocol, Pump Science e GLP1.

O BIO Protocol permite que os usuários co-possuam “medicamentos do futuro,” a plataforma Pump Science permite negociar tokens vinculados a medicamentos de longevidade e o GLP1 visa “Tornar a América Magra Novamente.”

Kang revelou que a Mechanism Capital investiu na última rodada de financiamento do BIO Protocol.

DeSci é um conceito que utiliza a tecnologia blockchain e aspectos dela, como tokens, NFTs e organizações autônomas descentralizadas (DAOs), para incentivar a pesquisa científica e a colaboração impulsionadas pela comunidade.

O objetivo é resolver tudo, desde falhas no sistema de revisão por pares da ciência, tornando testes genéticos mais acessíveis, até curar a calvície.

DeSci foca principalmente em buscar a verdade por meio da “ciência cidadã” enquanto rejeita influências institucionais, como as das grandes farmacêuticas.

O setor surgiu da pandemia de COVID-19, à medida que os participantes do mercado buscaram novas e melhores maneiras de combater infecções e doenças.

O setor pode tornar os dados mais acessíveis para pesquisadores, profissionais de saúde e seus pacientes, aproveitando os benefícios de segurança e transparência do blockchain.

Isso ocorre em um momento em que ataques cibernéticos no setor de saúde se tornaram cada vez mais comuns na era digital.

Ataques de ransomware contra empresas de saúde, como Kaiser e Welltok, afetaram 13,4 milhões e 8,49 milhões de indivíduos em incidentes separados nos últimos 18 meses — expondo informações pessoais e relacionadas à saúde.

DeSci atualmente possui um valor de mercado de US$ 1,2 bilhão, liderado pela OriginTrail (TRAC) com US$ 374,9 milhões, seguida por Rifampicin (RIF) e VitaDAO (VITA) com US$ 133,1 milhões e US$ 124,7 milhões, segundo a CoinGecko.