Resumo da notícia:
Protocolo Decentral, na rede Chiliz, lança solução de DeFi que permite a clubes de futebol tokenizar receitas futuras para obter liquidez imediata.
Iniciativa oferece alternativa aos modelos de financiamento tradicionais através de um pool em USDC com rendimento estimado de 12% ao ano.
Projeto marca a evolução do "SportFi" para além dos fan tokens, segundo fundador da Chiliz.
Um novo protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) baseado na blockchain Chiliz (CHZ) criou um mecanismo alternativo para o financiamento de clubes de futebol. O Decentral utiliza tokens RWA (ativos do mundo real) atrelados a recebíveis futuros, como direitos de transmissão e contratos de patrocínio, para que organizações esportivas obtenham liquidez imediata em stablecoins por meio de operações 100% on-chain.
A iniciativa visa solucionar um problema recorrente na gestão financeira de entidades esportivas de pequeno e médio porte: as demandas de liquidez de curto prazo geradas por fluxos de caixa irregulares e sazonais. O projeto é direcionado para clubes que não disputam as ligas principais de seus países e, portanto, têm menor visibilidade e recursos.
Ao converter recebíveis em ativos do mundo real, o Decentral oferece uma alternativa aos modelos tradicionais de financiamento, que frequentemente cobram juros elevados e dependem de processos burocráticos para aprovação e liberação dos recursos.
Protocolo DePIN da Solana escolhe o Brasil para acelerar expansão global de internet descentralizada
Em seu estágio inicial, o protocolo estabeleceu um pool de liquidez de US$ 1 milhão na stablecoin USD Coin (USDC), oferecendo aos investidores um rendimento anual estimado de 12%, com um período de bloqueio (lock-up) de 90 dias.
Conforme um porta-voz do projeto declarou ao CoinDesk, o retorno aos investidores é liquidado on-chain diretamente a partir dos fluxos de receita contratuais pré-existentes, diferenciando-se de rendimentos gerados por operações especulativas.
Quando os clubes recebem os pagamentos de patrocinadores ou dos detentores de direitos de mídia, os fundos são direcionados ao smart contract do Decentral. Imediatamente, os provedores de liquidez podem sacar o capital investido acrescido dos rendimentos, de forma não permissionada.
A iniciativa do Decentral insere o esporte no mercado de tokenização de ativos reais e inaugura uma nova era do SportFi, segundo Alexandre Dreyfus, fundador e CEO da Chiliz.
O executivo afirma que a proposta do Decentral mostra como o uso da tecnologia blockchain pode avançar do conceito para aplicações práticas que tenham impacto real sobre a dinâmica da economia esportiva.
Até então, os casos de uso do SportFi se restringiam aos fan tokens – criptoativos de utilidade projetados para estimular o engajamento dos torcedores, concedendo direitos de voto em decisões dos clubes e acesso a experiências exclusivas.
Além disso, esses criptoativos tornaram-se alvo de especulação no mercado secundário, oscilando em função do desempenho dos clubes nos campos, conforme noticiado pelo Cointelegraph Brasil.

