Uma escola em Goiânia, adotou uma solução baseada em moeda virtual para resolver o problema de inadimplência na instituição, segundo uma reportagem do jornal Valor Economico publicada hoje em 27 de setembro.
A escola convidou os 'devedores' a aderir a plataforma XporY.com e fazer um cadastro de suas habilidades e quais tipos de serviços eles poderiam 'vender' no sistema. A escola então contrata os devedores para executar os serviços na escola e eles são remunerados, pela plataforma, com a moeda digital, X, que só pode ser usada para transferências dentro do sistema e não pode ser transferida ou retirada e tem seu valor atrelado ao Real, como se fosse uma stablecoin.
De posse do 'pagamento' pelos serviços, os devedores podem então pagar as mensalidades atrasadas sem ter 'gasto' qualquer dinheiro para isso. O sistema conhecido com permuta, vem ganhando força no Brasil.
De acordo com a reportagem a escola já era usuária do site, “Todo mundo tem ociosidade e todo mundo tem despesas. Está cheio de escolas de inglês com salas vazias, hotéis com quartos vazios, salões de beleza com espaços vagos”, diz Rafael Barbosa, fundador da empresa.
“Pego o que estou desperdiçando e troco por outras coisas que preciso sem usar dinheiro.”, afirma.
O Valor destaca ainda que o mercado de permutas multilaterais deverá ser regulamentado nos próximos anos. Inicialmente, a questão seria tratada no mesmo projeto de lei que tramita no Congresso sobre criptoativos, o 2303/2015. Porém, os temas foram desmembrados por se tratar de coisas diferentes.
“No nosso caso, não é uma moeda de especulação, é uma moeda de troca”, diz Barbosa.
Como noticiou o Cointelegraph, sobre a adoção de moedas virtuais e criptomoedas, a maior rede de e-commerce do Brasil e o principal marketplace da América Latina, anunciou uma parceria com a Bitpay que vai permitir que usuários usem Bitcoin e Bitcoin Cash na plataforma do Mercado Livre.
Por meio da parceria será possível comprar cartões-presente do Mercado Livre usando BTC e BCH e depois, estes cartões podem ser trocados por produtos comercializados na plataforma. Segundo o anuncio a integração entre as empresas será feita pelo provedor de pagamentos do Mercado Livre, o Mercado Pago.