Michael Egorov, fundador do protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) Curve Finance, afirma ter pago 93% dos US$ 10 milhões em dívidas resultantes da liquidação parcial do protocolo desencadeada no início do dia.
"O tamanho das minhas posições era grande demais para os mercados lidarem e causou US$ 10 milhões em dívidas", disse Egorov. "Já paguei 93% e pretendo pagar o restante em breve."
Em 13 de junho, o mecanismo de liquidação parcial da Curve Finance gerenciou com sucesso um teste real durante uma recente tentativa de hack, mas o preço do seu token nativo CRV caiu mais de 28% em meio ao caos. Segundo a empresa de análise de blockchain Arkham Intelligence, o próprio Egorov enfrentou US$ 140 milhões em liquidações devido a "empréstimos de US$ 95,7 milhões em stablecoins (principalmente crvUSD) contra US$ 141 milhões em CRV em cinco contas em cinco protocolos."
Durante o auge do hack, Egorov enfrentou o pagamento de US$ 60 milhões em taxas anuais para manter seus empréstimos. Arkham explicou:
"Isto porque quase não há mais crvUSD disponível para empréstimo contra CRV na Llamalend. Três das contas de Egorov já representam mais de 90% do crvUSD emprestado no protocolo. Se o preço do CRV cair cerca de 10%, essas posições podem começar a ser liquidadas."
Desde então, Egorov propôs queimar 10% dos tokens CRV em circulação, no valor de US$ 37 milhões na época da publicação, para estabilizar o preço do token aos níveis anteriores ao incidente. "Como recompensa, os eleitores ativos ganharão um impulsionador de APY de 3 meses em todos os depósitos na plataforma", comentou o executivo de blockchain.
Esta não foi a primeira vez que as participações e os empréstimos de CRV de Egorov impactaram o protocolo durante períodos de crise.
Em agosto de 2023, Curve sofreu uma exploração no valor de US$ 62 milhões, que também resultou em dívidas devido aos empréstimos de US$ 100 milhões de Egorov na Curve na época. O executivo da blockchain acabou devolvendo os fundos.
Atualmente, a Curve é o 19º maior protocolo DeFi, de acordo com a plataforma de análise de blockchain DeFiLlama. Ela tem mais de US$ 2 bilhões em criptoativos bloqueados em seus contratos.