Os reguladores de Hong Kong prometeram fechar o cerco em torno do mercado de criptomoedas após a prisão de seis indivíduos envolvidos em uma fraude que teria sido perpetrada por um exchange de criptomoedas não licenciada chamado JPEX.
O executivo-chefe de Hong Kong, John Lee Ka-Chiu, disse a repórteres em 19 de setembro que o governo aumentaria seus esforços para informar os investidores sobre os riscos do mercado de criptomoedas e para lembrá-los de utilizar apenas plataformas com licenças concedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e Futuros local, informou a Associated Press.
O caso da JPEX veio à tona em 13 de setembro, quando a SFC notificou o público local de que havia recebido mais de 1.000 reclamações sobre a plataforma de negociação de criptomoedas não registrada. As reclamações relataram prejuízos totais no valor de mais de 1 bilhão de dólares de Hong Kong (US$ 128 milhões).
Em sua advertência, a SFC observou que a JPEX promoveu seus serviços e produtos para a população de Hong Kong por meio de celebridades on-line e casas de negociação de balcão.
À medida que os problemas com a JPEX se tornaram públicos, muitos usuários da plataforma se viram impossibilitados de sacar seus fundos, enquanto outros reclamaram da redução arbitrária dos saldos de suas carteiras. Depois que o órgão de fiscalização de Hong Kong advertiu o público sobre as irregularidades da exchange, a plataforma aumentou sua taxa de saque para US$ 1.000 para desencorajar os usuários a sacarem seus ativos.
Posteriormente, a exchange de criptomoedas culpou seus formadores de mercado terceirizados pela crise de liquidez em curso, que resultou no aumento da taxa de saque para os usuários. A polícia de Hong Kong também prendeu o influenciador Joseph Lam (Lin Zuo) por sua associação com a JPEX.
Hong Kong se estabeleceu como um hub de criptomoedas em espansão em 2023, com legislação pró-criptomoedas e abertura do mercado de negociação de ativos digitais para clientes de varejo. No entanto, plataformas de criptomoedas não licenciadas, como a JPEX, enganaram muitos usuários no país devido à falta de conhecimento e conscientização da população local. O órgão regulador agora está trabalhando para orientar as pessoas a usarem apenas plataformas licenciadas para fins de negociação de criptomoedas.
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