Resumo da notícia

  • Chiliz lança Snake8 e fortalece modelo de recompensas.

  • Solana entra na ABFintechs e promove inovação no Brasil.

  • Ethereum Foundation confirma presença no ETH Latam 2025.

A semana foi marcada por grandes movimentos no ecossistema blockchain, com destaque para a Chiliz, que lançou o hard fork Snake8, trazendo um novo modelo de recompensas baseado em desempenho para validadores.

Entre as inovações internacionais, a Bitget Wallet lançou um sistema de gas abstraction que elimina a necessidade de tokens nativos para pagar taxas de rede, permitindo o uso de stablecoins como USDT e USDC.

Já a Solana se tornou mantenedora institucional da ABFintechs, fortalecendo sua presença no mercado financeiro brasileiro e promovendo hackathons, mentorias e capacitação para desenvolvedores Web3.

No campo corporativo, a Ripio destacou a crescente adoção institucional do Bitcoin na América Latina, mostrando que mais de 175 empresas globais já mantêm BTC em seus balanços.

Fechando a semana, a Fundação Ethereum confirmou a vinda de seu diretor-executivo Tomasz Stańczak ao ETH Latam 2025, que acontecerá em novembro, em São Paulo. O evento deve reunir 2.500 participantes e discutir temas como DeFi, identidade digital e inteligência artificial aplicada à blockchain. Com tantas novidades, o setor mostra força e consolidação, unindo tecnologia, governança e inovação — e preparando o terreno para uma nova fase de adoção global dos criptoativos.

Diretor da Fundação Ethereum vem ao Brasil para o ETH Latam 2025

O diretor-executivo da Fundação Ethereum, Tomasz Stańczak, participará pela primeira vez de um evento no Brasil durante a ETH Latam 2025, que ocorrerá entre 6 e 9 de novembro no State Innovation Center, em São Paulo. O encontro deve reunir 2.500 pessoas entre desenvolvedores, investidores e entusiastas de blockchain de toda a América Latina.

Stańczak, engenheiro e empreendedor polonês, é uma das figuras mais influentes do ecossistema Ethereum e tem papel essencial na evolução da rede rumo à escalabilidade e descentralização. Sua presença reforça o peso internacional do evento, que consolida o Brasil como polo de inovação no setor cripto latino-americano.

A programação inclui o Real World Ethereum Hackathon, painéis sobre DeFi, pagamentos, identidade digital e IA, além do SheFi Brazil Summit, dedicado à participação feminina no mercado de blockchain, e o Arbitrum Day Chapter Brazil. Os ingressos estão disponíveis na Sympla e a expectativa é de um dos maiores encontros Web3 do continente.

Chiliz implementa hard fork

A Chiliz implementou o hard fork “Snake8”, que traz um novo modelo de recompensas baseado em desempenho para sua blockchain. O sistema aumenta a competição entre validadores, tornando a rede mais segura e eficiente ao vincular as chances de produzir blocos à quantidade de CHZ delegada por usuários da comunidade.

De acordo com o CEO Alexandre Dreyfus, a atualização fortalece a governança comunitária e recompensa os validadores mais engajados com o crescimento da rede. A Chiliz Chain opera sob o modelo Prova de Participação e Autoridade (PoSA), combinando reputação e stake para garantir segurança e alto desempenho em aplicações esportivas e de entretenimento.

O Snake8 também garante descentralização com meritocracia, mantendo todos os validadores ativos no processo, mas premiando os mais produtivos. A novidade sucede o Dragon8, que apresentou o Tokenomics 2.0, e o Pepper8, que expandiu o ecossistema com novas integrações, consolidando a Chiliz Chain entre as principais redes do setor esportivo.

Nova plataforma 3X Change

O Grupo 3X lançou a 3X Change, com potencial de movimentar US$ 1 milhão por dia em seus primeiros seis meses. A plataforma utiliza arquitetura multichain, integrando Solana, Ethereum e Tron para oferecer alta liquidez, segurança e eficiência nas transações com stablecoins como USDT e USDC.

Desenvolvida para liquidação instantânea, a 3X Change permite conversões via Pix em menos de um segundo, além de integração direta com os produtos 3X Bank e 3X Pay, facilitando saques, depósitos e operações em tempo real.

“Nosso foco é simplificar o acesso ao mercado cripto com tecnologia e transparência”, afirma Rafael Avelar, diretor de tecnologia do grupo.

Ripio destaca nova fase da adoção corporativa

A Ripio divulgou o relatório “Como o Bitcoin está remodelando o cenário financeiro corporativo”, que analisa a ascensão do BTC como reserva estratégica de valor. Segundo o estudo, mais de 175 empresas globais já possuem Bitcoin em seus balanços — quase o triplo do ano anterior —, impulsionadas pelo sucesso dos ETFs que somam US$ 60 bilhões em aportes.

O CEO Sebastián Serrano afirmou que o Bitcoin deixou de ser uma aposta de nicho e passou a integrar estratégias corporativas de longo prazo, protegendo valor em tempos de inflação. Entre os casos citados estão Strategy, Semler Scientific, Méliuz e Mercado Livre, este último pioneiro na adoção de BTC e ETH e parceiro da Ripio no lançamento do Meli Dólar (MUSD).

Assinado por executivos da Ripio Business, o estudo mostra que a América Latina lidera a adoção individual de criptomoedas, mas ainda dá os primeiros passos na frente institucional. A empresa destaca que oferecerá infraestrutura e suporte para corporações que queiram integrar ativos digitais, consolidando-se como parceira-chave na transformação financeira global.

Bitget Wallet elimina necessidade de tokens nativos

A Bitget Wallet lançou um sistema completo de gas abstraction que permite aos usuários pagar taxas de transação com stablecoins como USDT e USDC, ou com o token BGB, sem precisar manter ETH, TRX ou SOL nas carteiras. A novidade cobre blockchains como Solana, TRON, Ethereum, BNB Chain, Polygon, Arbitrum e Optimism, e simplifica o uso de carteiras não custodiadas.

O recurso é baseado na EIP-7702, padrão que permite o pagamento de taxas via stablecoins em redes EVM, além de integrar soluções nativas como Paymaster (Solana) e energy leasing (TRON). Assim, a Bitget reduz a fricção entre usuários e diferentes ecossistemas blockchain, tornando a experiência mais fluida e próxima de uma exchange centralizada.

Segundo Jamie Elkaleh, CMO da empresa, a atualização representa “um passo fundamental para tornar a autocustódia viável em larga escala”. A carteira já suporta 24 blockchains e planeja expandir o sistema para transações cross-chain, reforçando sua posição entre as principais infraestruturas multichain do mercado.

Solana entra para a ABFintechs

A Solana agora integra a Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) como mantenedora institucional, marcando uma nova fase de aproximação entre o ecossistema Web3 e o sistema financeiro tradicional. O objetivo é impulsionar a inovação e promover um mercado de capitais mais digitalizado e acessível no Brasil.

Com apoio da Superteam Brasil (STBR), a Solana oferece programas de capacitação, hackathons e mentorias para desenvolvedores, fortalecendo a formação de talentos locais e o desenvolvimento de projetos blockchain aplicados a fintechs e DeFi. A rede já se destaca globalmente por seu desempenho e escalabilidade, liderando métricas de crescimento de desenvolvedores e volume de aplicações.

Para Diego Perez, presidente da ABFintechs, a entrada da Solana fortalece a agenda de inovação financeira do país. Já Antonio Neto, Head LATAM da Solana, afirma que a parceria permite unir os mundos cripto e tradicional, construindo uma infraestrutura colaborativa voltada à Internet Capital Markets — um novo modelo de finanças conectadas e globais.