Resumo da notícia

  • Pagamentos, sustentabilidade e mobilidade avançam com belo, Crypto Use e My Drive Crypto impulsionando soluções digitais no Brasil.

  • Tokenização ganha força: RedDoor adota créditos verdes e o ouro digital supera US$ 3,7 bilhões em capitalização.

  • Regulação avança no exterior: B2BINPAY recebe nova licença em El Salvador e consolida liderança em pagamentos cripto.

Apesar da queda no preço do Bitcoin, a semana foi marcada por avanços importantes no mercado cripto. No Brasil, a fintech argentina belo iniciou seu soft launch trazendo pagamentos internacionais sem IOF e um QR interoperável que permite transações imediatas na Argentina usando pesos ou USDC.

Ainda no país, a Crypto Use concluiu o programa LIFT do Banco Central ao apresentar uma solução de pagamentos em stablecoins para o varejo, enquanto a My Drive Crypto lançou o primeiro modelo global de “Drive-to-Earn”, transformando quilômetros percorridos em tokens e NFTs de carbono certificados.

No cenário internacional, o tema sustentabilidade ganhou força com a RedDoor, que adotou créditos ambientais tokenizados pela Carrot.eco, inaugurando o uso da tokenização verde no setor de comunicação.

Já a B2BINPAY ampliou seu alcance regulatório ao conquistar a licença DASP em El Salvador, reforçando sua posição como uma das empresas mais estruturadas em pagamentos cripto sob normas oficiais.

Paralelamente, o ouro tokenizado atingiu um novo patamar com mais de US$ 3,7 bilhões em capitalização, consolidando sua relevância como ativo híbrido entre o mercado tradicional e o blockchain.

Belo chega ao Brasil

A fintech argentina belo iniciou seu soft launch no Brasil, oferecendo pagamentos internacionais sem o IOF de 4,38% e uma experiência integrada ao uso cotidiano. Os usuários podem acessar a versão beta com o código BELOVIP e utilizar um aplicativo que combina usabilidade, inclusão financeira e integração entre criptomoedas e economia real.

O principal diferencial é o QR interoperável, que permite pagar em qualquer estabelecimento na Argentina usando saldo em pesos ou USDC, sem necessidade de conta local ou documento argentino. A solução traz pagamentos instantâneos e elimina custos comuns em cartões tradicionais, tornando a experiência tão simples quanto o Pix, mas com alcance internacional.

A empresa reforça seu posicionamento ao oferecer uma ampla rede de benefícios em turismo, educação, coworking e tecnologia, com descontos que chegam a 75%. Fundada em 2021, a belo se apresenta como uma carteira digital completa, projetada para facilitar transações globais com múltiplas moedas e baixas comissões.

Tokenização verde impulsiona comunicação sustentável na RedDoor

A agência RedDoor anunciou a compra de créditos ambientais da climate tech Carrot.eco, inaugurando o uso da tokenização verde no setor de comunicação. O movimento reforça a estratégia global da agência, que atua na América Latina, Europa e Ásia, e aposta em modelos sustentáveis alinhados às discussões internacionais sobre clima.

Os créditos adquiridos são baseados na prevenção de emissões de metano, geradas por resíduos orgânicos transformados em adubo ou biogás. Cada crédito equivale a uma tonelada de massa orgânica reciclada, registrada em blockchain, garantindo rastreabilidade, transparência e evitando duplicidades. O impacto também é social, com parte da receita repassada para cooperativas, transportadores e pequenos operadores.

Com clientes como Heineken, Google Cloud e SAP, a RedDoor vê a iniciativa como parte de sua agenda ESG e de seu papel na transição climática. Segundo a Carrot.eco, o movimento coloca a agência na vanguarda da sustentabilidade ao transformar comunicação em ferramenta ativa para a descarbonização global.

Crypto Use conclui LIFT

A startup brasileira Crypto Use finalizou sua participação no programa LIFT, do Banco Central e Fenasbac, apresentando uma solução de pagamentos em stablecoins voltada para adquirentes. O projeto visa permitir que varejistas e instituições financeiras aceitem ativos digitais de forma integrada, segura e alinhada às práticas já utilizadas pelo mercado.

Durante o desenvolvimento, a empresa contou com orientação técnica do Banco Central, Fenasbac e Cielo, construindo um modelo operacional sólido e aderente ao sistema financeiro nacional. A solução foi baseada em pilares como liquidação eficiente com stablecoins, conformidade regulatória, rastreabilidade e integração completa com adquirentes e subadquirentes.

Com o encerramento do LIFT, a Crypto Use avança para pilotos comerciais e integrações com o varejo físico e digital, além de ampliar suporte a stablecoins como USDC. A empresa reforça que sua infraestrutura foi criada para permitir uso cotidiano de criptoativos, mantendo aderência regulatória e segurança operacional.

B2BINPAY obtém licença DASP em El Salvador

A B2BINPAY recebeu autorização da Comissão Nacional de Ativos Digitais de El Salvador para atuar como Provedor de Serviços de Ativos Digitais, fortalecendo sua presença regulatória no país. A licença permite operações como custódia, transferência e câmbio entre moedas fiduciárias e digitais, ampliando o escopo de atuação da empresa na região.

Essa é a segunda aprovação da companhia em El Salvador, que já possuía autorização para operar como Exchange Digital e Carteira Digital de Bitcoin. A conquista reflete a estratégia da B2BINPAY de manter padrões rigorosos de conformidade e transparência, alinhados às normas internacionais e às demandas institucionais da América Latina.

A nova licença também reforça o avanço regulatório do país, que se tornou referência em legislação para ativos digitais. Com atuação global e sede em Roma, a B2BINPAY já atende quase mil comerciantes e processou mais de US$ 5 bilhões, oferecendo suporte multichain e foco em segurança.

Ouro tokenizado ganha força e redefine acesso global

O ouro tokenizado atingiu novo patamar em 2025, com recorde de preço e mais de US$ 3,7 bilhões em capitalização, segundo análise da BingX. A tokenização eliminou barreiras tradicionais, permitindo que investidores acessem o metal diretamente via blockchain, com liquidez global, custódia auditada e rastreabilidade contínua.

Tokens como Tether Gold e PAX Gold lideram o segmento, oferecendo lastro físico em cofres certificados e regulamentações robustas. Outros emissores, como Kinesis Gold, Comtech Gold e VeraOne, ampliam a presença internacional e reforçam padrões de transparência, inclusão digital e segurança operacional em diferentes jurisdições.

A demanda cresce em meio a incertezas econômicas, busca por proteção e necessidade de eficiência. Exchanges como Binance, OKX, Bitget e BingX impulsionam o acesso ao ouro tokenizado, aproximando o ativo histórico das dinâmicas do mercado cripto e consolidando sua relevância no sistema financeiro global.

My Drive Crypto lança modelo inédito de “Drive-to-Earn”

A startup brasileira My Drive Crypto lançou um ecossistema que transforma quilômetros percorridos em tokens baseados em dados reais, unindo mobilidade, blockchain e sustentabilidade. O modelo converte deslocamentos registrados no aplicativo em tokens MDC e NFTs de carbono certificados, promovendo inclusão financeira e impacto ambiental positivo.

O sistema utiliza GPS para validar trajetos e registra todas as informações em blockchain própria, garantindo transparência e rastreabilidade. A plataforma oferece carteira cripto integrada, marketplace de recompensas e ferramentas ESG, conectando motoristas, empresas de energia, montadoras e frotas eletrificadas.

Após validar o projeto no Brasil, a startup planeja expansão para América Latina, Europa e Oriente Médio, com listagem em grandes exchanges e a criação da DriveChain, uma camada L2 para dados de mobilidade. Com auditoria CertiK e política deflacionária, o modelo posiciona a mobilidade como novo ativo digital global.