Corrida do ouro? Corte de juros dos EUA pode quintuplicar valor do metal precioso

A queda nas taxas de juros dos Estados Unidos, podem causar uma reação em cadeia nos mercados de ativos seguros, nas compras dos títulos da dívida americano e na compra de ativos como o ouro. Parte dos analistas diz que o ouro pode quintuplicar seu valor nos próximos meses.

Um estudo do economista Eddy Efenbein, conhecido como Lighthouse Gold, diz que o preço do ouro sobe ou desce de acordo com os juros reais praticados pela economia. Efenbein diz em seu estudo que os preços do ouro variam da seguinte forma:

De acordo com o modelo de Efenbein, se os juros estiverem abaixo dos 2% e as taxas de retorno dos títulos do Tesouro americano, com vencimento de 3 meses beirando o zero de rentabilidade, o ouro pode experimentar uma valorização de 6.5 vezes em valor anual.

De acordo com o modelo, de Eddy Elfenbein, por outro lado, o ouro deve cair em 5x se as taxas reais dos títulos do Tesouro ( T-Bill) e se Consumer Price Index (CPI) estiverem acima de 2%.

Contudo, segundo o analista Peter Brandt, o spread dos contratos de ouro com vencimento entre abril a junho estão em queda, em função das pressões de produção, visto que a produção de ouro nas minas na África do Sul estão revendo suas produções.

O que está em jogo nesse cenário é a entrega desse ouro físico, que está cada vez mais escasso e o valor de face dos contratos de ouro negociados nas grandes bolsas. Há pressão de compra, pressão de produção e pressão econômica, logo, o modelo de Efenbein pode se revelar real em pouco tempo.

Para Peter Schiff, um dos maiores negociantes de ouro do mundo, os investidores ainda não estão entendendo a gravidade do momento, e por isso os preços do ouro ainda não explodiu.

“O ouro está caindo porque os investidores não sabem o que está por vir. A mentalidade deles é semelhante à dos banqueiros centrais. Eles não têm idéia de quão ruins serão as consequências dos atuais erros de política monetária e fiscal. Quando descobrirem em massa, o ouro disparará.”