O Bitcoin age mais como uma ação de startup de tecnologia do que como ouro digital - com os investidores colhendo grandes recompensas se funcionar, mas potencialmente perdendo tudo se o criptoativo falhar.

Essa é a conclusão de um relatório de 10 de agosto da gestora de ativos digitais CoinShares, intitulado 'A Little Bitcoin Goes a Long Way'. Nele, os autores James Butterfill e Christopher Bendiksen argumentam que o fato de o Bitcoin (BTC) “começar sua vida a um preço zero” deu-lhe uma reputação estelar.

“Se atingir o seu potencial, o valor pode ser imenso”, afirma o relatório.

“Ao mesmo tempo, há uma chance diferente de zero de que ele falhe totalmente, deixando o valor do Bitcoin próximo de zero.”

Ao contrário de muitos especialistas que sugerem reservar 1% de um portfólio para criptomoedas, a CoinShares sugeriu que os investidores alocassem “pouco menos de 4%” apenas para o Bitcoin.

A empresa testou o Bitcoin como uma reserva confiável de valor ao observar o desempenho da criptomoeda como parte de um portfólio equilibrado de 60/40. Sua análise indicou que o token aumentou os retornos anualizados em 9,7% a partir de 2015, quase o dobro dos ativos comparáveis.

Começando a amadurecer como reserva de valor

Comportar-se como uma ação de tecnologia não é ruim. Desde o banho de sangue cripto em março, as ações de tecnologia ganharam um enorme terreno. O preço da Amazon subiu 70,7%, para US$ 3.170, a Apple subiu 63,3%, para US$ 450, o Facebook 54,5%, para US$ 263 e o Google 23,6%, para US$ 1.496.

O relatório surge após um período de volatilidade com o Bitcoin testando a resistência de US$ 12.000 pela primeira vez desde 2019.

“O Bitcoin é um ativo em sua infância”, afirma o relatório da Coinshares. “À medida que o Bitcoin amadurece, sua robustez é ainda mais comprovada e seu risco de falha se afasta cada vez mais do zero, acreditamos que os investidores começarão a tratá-lo de forma diferente, fazendo com que seu comportamento macroeconômico siga o exemplo.”

Leia mais: