A Coinbase pretende expandir suas ofertas de derivativos na União Europeia através da aquisição de uma entidade licenciada pela Diretiva de Mercados de Instrumentos Financeiros 2014 (MiFID II) em Chipre.

MiFID II refere-se às regras atualizadas da UE que regem os instrumentos financeiros. A UE atualizou a legislação em 2017 para responder às críticas de que estava demasiado centrada nas ações e não considerava outras classes de ativos, como rendimento fixo, derivados e moedas.

De acordo com uma postagem no blog, a Coinbase pode começar a oferecer derivativos regulamentados na UE, como futuros e opções, com uma licença MiFID II. A empresa já oferece trading spot de Bitcoin ( BTC ) e outras criptomoedas.

A Coinbase afirmou que a aquisição da entidade sediada em Chipre garante a conformidade com seu “Padrão de conformidade global de cinco pontos”, abrangendo políticas de AML e KYC, aplicação de sanções globais, melhores práticas de governança e monitoramento e relatórios contínuos.

Os derivativos são um foco crucial para a Coinbase, constituindo 75% do volume total de negociação de criptomoedas. Embora a Coinbase pretenda competir, ela enfrenta forte concorrência de participantes mais proeminentes nos mercados de derivativos, como Binance, Bybit, OKX e Deribit. Derivados são instrumentos financeiros cujo valor deriva do desempenho de um ativo, índice ou taxa subjacente.

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A Coinbase tem buscado ativamente o crescimento global  devido aos desafios nos Estados Unidos, onde está sediada. Atualmente está envolvida em um processo judicial com a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, que acusa a bolsa de violar as leis de valores mobiliários.

Em outubro de 2023, a Coinbase selecionou a Irlanda como seu centro regulatório central na UE, em antecipação aos próximos Regulamentos de Mercados de Criptoativos, ou MiCA. Solicitou uma licença única MiCA e pretende garanti-la até dezembro de 2024, quando a UE implementar totalmente as regras.

Em dezembro, a Coinbase também obteve uma licença de provedor de serviços de ativos virtuais na França, que lhe permite oferecer custódia e negociação de criptoativos no país.

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