A criptomoeda Pundi X (NPXS) chegou ao Brasil há dois anos, juntamente com o hardware XPOS, uma máquina de pagamentos que permite aos lojistas receber pagamentos em criptomoedas. 

Desde então, a PundiX, responsável pelo NPXS, cresceu bastante. Com a mesma estratégia de oferecer hardwares integrados à tecnologia blockchain, a PundiX lançará até o fim deste ano o seu próprio smartphone, o XPhone, com um sistema operacional próprio FunctionX, compatível com o Android.

Em sua primeira apresentação pública, o XPhone chamou a atenção dos taxistas de Nova York ao apresentar o funcionamento de um aplicativo de viagens descentralizado.

O Cointelegraph Brasil entrevistou o CEO da PundiX, Zac Cheah, e o resultado você confere a seguir:
 
Cointelegraph Brasil - Temos informações de que vocês estão estudando a criação de uma plataforma blockchain, além de ver notícias sobre serviços da PundiX semelhantes ao Uber na Ásia. Como são todos esses projetos? E o que mais podemos esperar da criptomoeda PundiX em breve?

Zac Cheah - A Pundi X começou com o objetivo de tornar o pagamento em cripto baseado em blockchain mais fácil e rápido para os consumidores. Agora, estamos levando a PundiX para um próximo nível. Gostaríamos que a tecnologia blockchain fosse adotada por seus usuários muito além das transações financeiras. Queremos atuar nas áreas comunicação, compartilhamento de dados e muitas outras.

Estamos desenvolvendo a FunctionX, uma internet descentralizada universal alimentada por tecnologia blockchain e dispositivos inteligentes. Com a FunctionX, a informação fluirá mais eficientemente que as redes tradicionais, sem a interceptação de intermediários. Isso vai nivelar os participantes e evitar a monopolização de dados, permitindo que aplicações inovadoras menores se desenvolvam e prosperem, alavancando os recursos e dados compartilhados na blockchain. Pessoas como você e eu poderemos ter o controle total dos nossos dados.

Fizemos uma demonstração de como o aplicativo Uber funcionaria se os desenvolvedores o trouxessem para uma rede descentralizada. A partir do final de 2019 poderemos começar a ver como estes aplicativos são executados na FunctionX.
 
CT - A PundiX investiu no Brasil e na América Latina. Hoje, pesquisas recentes como a da Statista, o Brasil é o segundo país com mais investidores em criptomoedas. Como foi tomada a decisão de investir no Brasil há dois anos? Qual o potencial do país nessa área?

ZC - Temos  parceiros de negócios no Brasil e eles demonstraram grande interesse em tornar a criptomoeda acessível à vida das pessoas. Será um passo natural para nós montarmos uma operação maior no Brasil para capturar a demanda e entusiasmo dos brasileiros por criptomoedas.

CT - Vemos que o Pundi X tem crescido em importância no cenário brasileiro cripto e que sua equipe no Brasil não para de crescer. Como a equipe é formada no Brasil hoje? Como é decidido o investimento?

ZC -Somos uma empresa em rápido crescimento e estamos felizes em ter tantas oportunidades surgindo na América Latina. Nossa equipe, com sede em São Paulo é totalmente dedicada ao desenvolvimento de negócios e ao sucesso do cliente. Essa equipe também está ajudando a abrir caminhos para o Pundi X em outros países do continente, igualmente interessados ​​em adotar transações de criptografia.

Hoje o Brasil é um dos principais mercados na implantação das maquininhas de PDV da Pundi X no mundo. No futuro próximo, esperamos expandir a operação no Brasil e torná-lo a sede da Pundi X na LATAM.

CT - Qual a importância da segurança jurídica no Brasil para o Pundi X? Você acredita que com maior segurança legal no Brasil a Pundi X poderia aumentar seus investimentos no país?

ZC -A zona cinzenta em torno de regulamentações específicas para criptomoedas no mundo é o fator de maior incerteza. No entanto, percebemos que entre centenas de países que ainda não possuem regulamentações específicas para criptomoedas, e o Brasil está em condições de explorar a nova tecnologia. O debate que ocorreu com o Dep. Áureo Ribeiro é um bom exemplo de como os reguladores brasileiros estão dispostos a entender primeiro e regular depois. Nós vemos este sinal como algo muito positivo. No entanto, cumpriremos as regulamentações locais em todos os países em que operamos.