O sistema de transações rápidas do Banco Central do Brasil, o PIX, completa um ano de operação nesta semana como um dos métodos de transação e pagamentos mais usados pelos brasileiros, com 110 milhões de usuários.

Segundo dados do BC, o Pix dominou 12,8% do sistema de pagamentos do país no segundo trimestre de 2021, ficando atrás apenas dos cartões e boletos. Os cartões ainda dominam 50% do mercado de pagamentos, e os boletos 14,9%. O Pix já supera os saques, transferências, DOCs, TEDs e cheques entre os brasileiros economicamente ativos.

Mês a mês, o Pix tem movimentado mais de R$ 550 bilhões em volume médio. Somente no segundo trimestre deste ano, o Pix registrou 1,8 bilhão de transações, movimentando R$ 1,1 trilhão.

Entre os 110 milhões de cadastrados no PIX, 104 milhões são pessoas físicas e quase 8 milhões são pessoas jurídicas, somando 348 milhões de chaves cadastrados.

63% dos brasileiros bancarizados já estão cadastrados no sistema, além de 54,6% das empresas que têm relacionamento bancário. Segundo o BC, o desempenho do PIX depois de um ano superou as expectativas da autoridade financeira, que tem se esforçado para ampliar a atuação do sistema.

O PIX já ganhou um sistema de pagamentos com cobrança programada, o Pix Boleto, um para saques em dinheiro, o Pix Saque, e outro para troco, o Pix Troco. Em 2022, o BC deve lançar uma opção para débito em conta.

As exchanges de criptomoedas no Brasil também já foram integradas ao sistema, permitindo saques instantâneos em real direto das plataformas de negociação.

Além disso, o BC também passou a permitir que bancos bloqueiem operações suspensas preventivamente, além de estabelecer limite de transferência fora do horário de expediente bancário, para prevenir fraudes e crimes contra clientes.

A intenção principal com o lançamento do PIX é a digitalização da economia brasileira e a diminuição do uso de papel-moeda. Segundo uma pesquisa de outubro encomendada pelo PayPal, 80% dos brasileiros não quer mais usar dinheiro e 93% apoiam a digitalização do real.

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