O relatório ESG Sob Tensão, do Thomson Reuters Institute, destaca que à medida que mais corporações busquem compensar as emissões de carbono haverá uma aceleração no uso de créditos de carbono, criando um mercado estimado em US$ 50 bilhões até 2030 e, possivelmente, 100 vezes mais em 2050.
O valor e o crescimento do mercado também abre oportunidades para as empresas que trabalham como a tokenização de créditos de carbono como é o caso, no Brasil, da Moss e do token MCO2.
No entanto, segundo o relatório da Reuters, reguladores, bem como os entusiastas de créditos de carbono voluntários, têm sido claros ao quanto o uso de créditos de carbono deve ser adicional, e não um substituto, para os esforços das empresas em reduzir suas pegadas de carbono.
O documento também destaca que os planos de transição energética ajudarão as empresas a identificarem se o uso de créditos de carbono é desejável, já que há riscos consideráveis associados ao seu uso, e que eles têm uma história um tanto controversa, com muitos se tornando fraudes.
"O ESG não representa apenas um risco regulatório e reputacional para as empresas, hoje não podemos ignorar que ele pode afetar tudo, desde o modelo de negócios, a estratégia, a atração e retenção de talentos, até o acesso ao investimento e impacto nas demonstrações financeiras. Portanto, alinhar as operações aos critérios de ESG é essencial para garantir o futuro dos negócios", disse Adrián Fognini, Managing Director da Thomson Reuters para a América Latina.
Amazônia
No Brasil, recentemente a Moss anunciou uma parceria com a empresa canadense Invert para aportar US$ 1,5 milhão no desenvolvimento de projetos de conservação florestal na região amazônica.
Com o aporte, a Invert vai financiar os projetos Jatobá e Seringueira, localizados no Estado do Amazonas. O investimento será usado para cobrir custos de inventário florestal, processo de auditoria e certificação. Além de garantir benefícios para as comunidades e apoiar na preservação da biodiversidade local.
As áreas dos dois projetos somam mais de 110 mil hectares, maior que a extensão da cidade de Nova York. A expectativa da Moss é gerar via esses projetos aproximadamente 800 mil créditos de carbono por ano nas próximas três décadas. As empresas estimam que os projetos protegerão mais de 60 milhões de árvores na maior floresta tropical do mundo.
“Estamos muito felizes e honrados em contar com o apoio e expertise da Invert, que tem desenvolvido importantes inovações na área de protocolos de certificação de crédito”, declara o CEO e fundador da Moss, Luis Felipe Adaime. “Também ficamos muito impressionados com a expertise da equipe técnica da Invert, que auditou nossos projetos em desenvolvimento e já contribuiu muito com sugestões para o nosso trabalho”, diz o executivo.
O CEO da Invert, Andre Fernandez, afirmou que a preservação da floresta amazônica é reconhecida há muito tempo como uma ferramenta para mitigar as mudanças climáticas e proteger a biodiversidade global.
"O time da Invert ficou impressionado com a diligência do time da Moss e acredita que os projetos Jatobá e Seringueira, assim como futuras oportunidades, vão proporcionar aos nossos clientes - tanto empresas quanto indivíduos - acesso a soluções de créditos de carbono inigualáveis', afirmou.
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