O promotor do Brooklyn afirmou que seu escritório fechou 40 sites fraudulentos de marketplaces de tokens não fungíveis (NFT) após um artista de 85 anos ser enganado por um golpista, perdendo US$ 135 mil.
A vítima foi contatada pelo LinkedIn por alguém que se passou por um negociante de arte. O golpista convenceu o artista a cunhar suas obras de arte em um marketplace de NFT falso que imitava o site da OpenSea, com sede em Nova York, de acordo com o escritório do promotor em 6 de dezembro.
Posteriormente, foi dito ao artista que ele havia obtido um lucro de US$ 300 mil, mas, para ter acesso ao valor, ele precisaria enviar uma "taxa" de US$ 135 mil. Para isso, ele liquidou sua conta de aposentadoria, fez pagamentos com cartão de crédito e contraiu um empréstimo.
Logo, ele percebeu que não receberia os US$ 300 mil prometidos, ficando "emocional e financeiramente devastado", segundo o escritório do promotor.
Fonte: Eric Gonzalez
O Promotor de Justiça Eric Gonzalez afirmou que as "táticas usadas neste caso" levaram os investigadores "a uma rede de sites fraudulentos que visavam especificamente enganar artistas".
"Espero que, ao encerrar esses domínios e aumentar a conscientização sobre esse esquema, possamos impedir que outras pessoas sejam vítimas desse golpe", declarou.
O escritório do Promotor acrescentou que outros dois artistas, da Geórgia e da Califórnia, também foram vítimas do mesmo golpe de NFT.
A Unidade de Moeda Virtual da Promotoria rastreou os fundos até contas em uma exchange na Nigéria, que "principalmente sacou o dinheiro para a moeda nigeriana — impedindo a possibilidade de recuperação".
O escritório também destacou que o site falso no estilo da OpenSea "parecia ser controlado e pago a partir da Nigéria" e que alguns dos sites agora fechados solicitavam que os visitantes inserissem a frase-semente de suas carteiras cripto, "o que daria aos golpistas a capacidade de drenar completamente o conteúdo das carteiras online dos usuários".
O Escritório da Promotoria do Brooklyn enfatizou a importância de usar marketplaces de NFT estabelecidos para vender obras de arte e de estar sempre alerta para tentativas de phishing por e-mail ou por meio de sites fraudulentos que se assemelham a marketplaces de NFT conhecidos.
A promotoria também orientou os artistas a nunca revelarem a frase-semente de suas carteiras cripto.
"Se parecer bom demais para ser verdade, provavelmente é", alertou o escritório. "Faça sua própria pesquisa e busque opiniões de outros artistas".