O Brasil registrou um aumento anual de 31% em usuários de criptomoedas, destacando-se como o mercado com a carteira mais diversificada da América Latina, abrangendo desde Bitcoin até memecoins. As informações são de um relatório publicado nesta quinta-feira (8) pela exchange Bitso.
Apesar do Bitcoin (BTC) representar 58% do portfólio total de criptomoedas no país até o final de 2023, as altcoins, excluindo ETH e XRP (XRP), constituem 17% das participações, um índice superior à média regional de 11%. Além disso, o Brasil se destaca por sua afinidade com a memecoin Shiba Inu (SHIB), que corresponde a 3% do total de ativos digitais mantidos pelos brasileiros. O país também tem o maior mercado de memecoins da região.
O relatório também aponta que o Brasil abriga a sexta maior comunidade mundial de usuários da plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter), onde as memecoins são particularmente populares. Essa popularidade sugere uma possível correlação entre o uso dessa rede social e o interesse em memecoins e outras criptomoedas semelhantes.
O país apresenta, contudo, a menor penetração de Ethereum (ETH) entre seus investidores, com apenas 9% das participações totais, contrastando com a média de 20% observada em outros mercados da região.
Esse perfil de investimento reflete o entusiasmo e a abertura do mercado brasileiro para explorar novas oportunidades no universo das criptomoedas, indicando uma tendência de diversificação e experimentação entre os usuários no país.
Mais sobre a América Latina
O relatório publicado pela Bitso também revelou que a Colômbia registrou um aumento de 60% em sua base de usuários ano a ano. Enquanto isso, o México teve um aumento de 18%.
O perfil dos usuários de criptomoedas na região é predominantemente jovem, com 63% dos usuários tendo menos de 34 anos até o final de 2023, evidenciando um aumento de 2% em relação ao ano anterior. Este grupo demográfico é também o mais inclinado à adoção de tecnologia e possui alta penetração de internet, o que contribui para o crescimento do uso de criptomoedas.
Além disso, a Bitso realizou uma análise geográfica dos usuários nos quatro países onde opera revela uma concentração de atividade nos grandes centros econômicos, como Buenos Aires, São Paulo e Cidade do México. Na Argentina e no Brasil, a adoção de criptomoedas excede a proporção da população em áreas urbanas, sugerindo uma super-representação desses ativos nas grandes cidades.
O relatório também aponta um aumento significativo no envolvimento feminino com o setor, especialmente em faixas etárias mais avançadas, com Colômbia e Brasil registrando participação feminina acima da média regional.