Desde maio deste ano como CMO da DUX, startup de Web3 que atua como fintech para a economia criativa baseada em blockchain, João Pedro Novochadlo ganhou duas premiações no BRICS, fórum multilateral que vem emergindo na busca pelo 'fim do dólar' nas transações comerciais entre países em troca do uso de uma CBDC comum das nações do bloco.
Novochadlo ganhou o BRICS Solution Awards e BRICS Future Makers, durante o BRICS Business Fórum, principal evento de negócios do bloco, que aconteceu no dia 18, no World Trade Center Moscou, na Rússia.
O executivo de Web3 venceu o BRICS Solution Awards, que reconhece iniciativas em alguns espectros da tecnologia que contribuam para o desenvolvimento social, econômico e cultural dos países do bloco. Aos 25 anos, ele criou um aplicativo com dois amigos para pessoas com deficiência visual na área de tecnologia.
”Não só em Curitiba (PR), mas de forma geral em todo o mundo, a acessibilidade é pouco satisfatória para esse público. Fui agraciado na categoria plataforma e soluções digitais para o cidadão”, explica.
Agraciado na categoria plataforma e soluções digitais para o cidadão, Novochaldo criou o Veever, app gratuito que utiliza-se de tecnologia de microlocalização para facilitar a interação e a locomoção de pessoas com deficiência visual em ambientes urbanos internos e externos.
Além disso, Novochadlo recebeu também a premiação individual BRICS Future Makers, que agraciou inovadores, empreendedores e criativos dos 15 países do bloco que estavam de alguma forma contribuindo para o desenvolvimento do futuro no aspecto geral.
BRICS e o 'fim do dólar'
Durante a cúpula do BRICS, na qual Novochadlo foi premiado, líderes do bloco reafirmaram a importância de reduzir a dependência do dólar em transações internacionais, promovendo o uso de criptomoedas e moedas digitais como alternativas viáveis.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, destacou que a Rússia alcançou marcos importantes nesse sentido e que agora cabe ao Brasil dar continuidade à implementação dessas medidas.
“A eliminação do dólar por meio de acordos de compensação mútua é um caminho bem testado e que precisa de mais desenvolvimento com um caráter multilateral”, afirmou Ryabkov.
Para fortalecer essa estratégia, o BRICS tem investido em iniciativas como o BRICS Bridge e o BRICS Clear, que promovem transações sem o uso do sistema SWIFT, tradicionalmente controlado por países ocidentais. A proposta de desdolarização envolve ainda a criação de uma rede de sistemas financeiros interconectados, que possibilita uma maior independência do bloco nas negociações internacionais.
Além de incentivar o uso de criptomoedas, os líderes do BRICS planejam explorar iniciativas com moedas digitais dos bancos centrais (CBDCs) como uma alternativa ao dólar. Ryabkov destacou que a digitalização das moedas nacionais é “um caminho direto e eficaz para a soberania econômica”, e frisou que o bloco acumula experiência positiva nesse campo.