Em março de 2023, o volume de Bitcoin (BTC) negociado no Brasil foi de R$ 2 bilhões, ultrapassando R$ 4 bilhões no primeiro trimestre. Entre as criptomoedas favoritas dos brasileiros nos três primeiros meses deste ano, Ethereum (ETH), Solana (SOL) e Polygon (MATIC) são algumas das ‘queridinhas absolutas’, estando entre as dez mais negociadas no período.

As preferidas do trimestre

Na quarta-feira (3), a Receita Federal publicou dados referentes às movimentações com criptomoedas feitas em março e declaradas sob as regras da Instrução Normativa nº 1888 (IN 1888). O terceiro mês de 2023 foi, até agora, o mês com maior número de cadastros de pessoas físicas (CPF) únicos na história da IN 1888, ultrapassando 1,6 milhão de investidores.

No mesmo mês, o volume negociado de BTC chegou a R$ 2 bilhões, muito além dos R$ 371,5 milhões movimentados em ETH. No trimestre, as negociações com Ether totalizaram R$ 854,2 milhões em volume.Os maiores volumes negociados em altcoins exibiram uma distribuição mais parelha em março. 

Um exemplo é o montante movimentado em MATIC que, em fevereiro, foi quase R$ 67 milhões maior em relação à quarta criptomoeda com maior volume. Em março, a diferença foi inferior a R$ 16 milhões. É importante ressaltar que a diferença de volume das altcoins mais negociadas, excluindo a ETH, foi de apenas R$ 7 milhões a mais em março, confirmando a redistribuição no volume

Entre os dez criptoativos mais negociados, além de Bitcoin e Ether, os brasileiros se mantiveram fiéis a sete moedas digitais: MATIC, Chiliz (CHZ), Litecoin (LTC), SOL, Cardano (ADA) e XRP. Essas criptomoedas estiveram entre as mais negociadas nos três primeiros meses de 2023.

Criptomoedas mais negociadas em março. Fonte: Receita Federal

Chainlink (LINK) e Uniswap (UNI), embora não tenham aparecido como as mais utilizadas por brasileiros nas operações nos três meses, estão entre as dez mais negociadas no trimestre, com R$ 38,4 milhões e R$ 35,2 milhões movimentados no período, respectivamente. 

A criptomoeda brasileira WiBX (WBX), que foi uma das mais negociadas em fevereiro, deixou a lista após sofrer uma queda de quase 70% no volume movimentado entre fevereiro e março.

Stablecoins reinam

O Tether USD (USDT) foi, disparada, a criptomoeda com maior volume negociado no primeiro trimestre deste ano, totalizando R$ 36 bilhões. 

A USD Coin (USDC) passou por uma queda drástica em volume entre fevereiro e março, saindo de R$ 560,7 milhões para R$ 186 milhões. Mesmo assim, ela foi a segunda stablecoin mais utilizada nos três primeiros meses do ano, somando R$ 1,22 bilhão em volume.

A terceira stablecoin mais utilizada, diferente das duas primeiras, tem seu valor pareado ao real. Trata-se da BRZ que, entre janeiro e março, somou R$ 875,8 milhões em volume. 

Por fim, a Binance USD (BUSD) foi a quarta stablecoin mais utilizada, mas com um volume muito abaixo do BRZ, totalizando apenas R$ 103,8 milhões.

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