Resumo da notícia
Galinhas reais viram tokens em projeto open-source brasileiro.
Pudgy Farms ensina blockchain e cria economia agro descentralizada.
Holders recebem com vendas de ovos e galinhas no mundo real.
Um desenvolvedor brasileiro decidiu unir o campo e a tecnologia em um projeto ‘peculiar’: tokenizar galinhas reais. A iniciativa, chamada Pudgy Farms, quer mostrar que a web3 pode resolver problemas reais do agronegócio e, ao mesmo tempo, ensinar sobre blockchain de forma prática e acessível.
O idealizador é Afonso Dalvi, advogado e desenvolvedor com experiência em blockchain. Ele lançou a Pudgy Farms como um projeto open-source e educacional, que combina aulas sobre smart contracts com uma economia baseada em ativos do mundo real (RWAs), no caso, as próprias galinhas e seus ovos.
Um galinheiro na blockchain
Tudo começou com um hobby. Dalvi, apaixonado por animais e tecnologia, resolveu testar a ideia de criar um galinheiro tokenizado. Cada galinha é representada por um token, e os rendimentos vêm da venda de ovos e galinhas reais. No ambiente on-chain, usuários podem comprar, trocar ou acompanhar o desempenho dos tokens. No mundo físico, os ovos continuam sendo vendidos normalmente.
“Não é só um projeto”, disse Afonso. “É um experimento com propósito, que une educação, inovação e sustentabilidade”.
A proposta também inclui um mini-game, apelidado pela comunidade de “rinha”, mas sem nenhuma crueldade animal, é apenas um simulador lúdico que roda por smart contracts auditáveis pela comunidade.
O código da Pudgy Farms é 100% aberto, o que permite que qualquer pessoa veja como funciona e até contribua para novas funcionalidades. Já o curso e os tokens têm valor simbólico, servindo apenas para cobrir custos e expandir o projeto com novos galinheiros e aulas práticas.
Transparência e aprendizado
A Pudgy Farms quer educar novos desenvolvedores web3, mostrando na prática como a blockchain pode impactar cadeias produtivas reais. O modelo foi construído para ser replicável em “mini-farms”, de modo que pequenos produtores rurais também possam se conectar a essa nova economia.
Segundo Afonso, o objetivo é provar que o agro pode ser descentralizado. “Estamos testando mecanismos de mercado e governança que podem mudar o acesso à renda no campo”, explicou. A visão é que, no futuro, qualquer fazenda física possa se integrar à blockchain, recebendo apoio de comunidades que investem e acompanham o desempenho de ativos vivos.
O projeto também introduz uma camada de transparência inédita no agro, permitindo que investidores saibam exatamente de onde vêm seus retornos. Cada transação — da compra da galinha à venda dos ovos — é registrada na blockchain, sem intermediários e com total rastreabilidade.
Dalvi acredita que o Brasil tem tudo para liderar essa revolução. “O país é potência agro e também é forte em tecnologia. A união das duas forças pode transformar o setor”, afirmou.
Os interessados em participar podem se inscrever na whitelist do site oficial (pudgyfarms.xyz) e acompanhar os detalhes técnicos dos contratos no GitHub, que será aberto no lançamento.