Fabio Asdurian, um dos fundadores da Dynasty, disse em entrevista ao Cointelegraph Brasil que a empresa será utilizada como "case" pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que a aprovação do Security Token Offer (STO) da companhia na Suiça vai acelerar a regulamentação de ICOs no país.

"A Associação Brasileira de Criptomoedas (ABCripto) discute aprovação dos ICOs no Brasil junto à CVM, que pediu um case para servir de parâmetro, e o projeto da Dynasty foi o escolhido para ser apresentado", contou Fabio.

"Tivemos reunião com o Dov (Rawet, Superintendente de Registro de Valores Mobiliários na CVM) e o que ficou combinado é que, assim que tivermos aprovação da Finma (espécie de "CVM" da Suíça), a análise e possível aprovação dos ICOs aqui no Brasil pela CVM começa a andar", prosseguiu, fazendo referência ao acordo de cooperação entre as duas instituições. 

A Dynasty ficou conhecida ao divulgar seu projeto no qual os criptoativos da empresa serão lastreados em imóveis - na prática, quem comprar os tokens D¥N terá participação em um fundo imobiliário, com imóveis espalhados pelo mundo.

A companhia, que apesar de brasileira é sediada na cidade suíça de Zug, conhecida como o "Silicon Valley das criptomoedas", está prestes a lançar sua primeira oferta pública no país europeu.

"Nossa expectativa é de que a aprovação do Security Token pela Finma saia até o final de fevereiro. Confirmado isso, em 60 dias fazemos nosso STO", disse o empresário.

Quando isso acontecer, a Dynasty também entrará com pedido de aprovação na CVM do Brasil.

A operação da empresa começou no ano passado, com R$ 75 milhões captados com investidores, em uma fase de "pré-venda". O segundo passo é a primeira oferta pública na Suíça, que depende do aval da Finma e deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2019.