O Banco Central do Brasil, em parceria com a Fenasbac, lançou, nesta sexta, 14, o LIFT Data, um programa virtual criado para estimular a inovação aberta. O objetivo é incentivar o uso de dados públicos no desenvolvimento de soluções tecnológicas que resolvam problemas do setor financeiro.
A primeira edição do programa terá como foco a sustentabilidade, promovendo a cooperação internacional e a aplicação de informações públicas para gerar impactos ambientais e sociais positivos. As inscrições já estão abertas e seguem até o dia 13 de abril.
Desde 2018, o Banco Central e a Fenasbac mantêm um acordo de cooperação para impulsionar a inovação financeira por meio do ecossistema LIFT (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas).
Esse ecossistema conta atualmente com três programas: o LIFT Lab, que desenvolve soluções tecnológicas para o mercado financeiro; o LIFT Learning, voltado para pesquisa aplicada com universidades; e o LIFT Challenge, uma edição especial do LIFT Lab que trabalha com desafios temáticos e já promoveu um ciclo dedicado ao desenvolvimento de casos de uso para o Drex.
Agora, com o lançamento do LIFT Data, o impacto desse ecossistema se expande ainda mais, permitindo a participação de talentos de qualquer parte do mundo. A primeira edição do programa terá como tema "Dados para Financiar e Monitorar a Sustentabilidade e a Ação Climática", alinhando-se aos pilares centrais da COP 30, que será realizada no Brasil em 2025.
O programa se dividirá em três áreas principais: Redução de Emissões e Transição para Baixo Carbono, Financiamento para Adaptação, Resiliência e Justiça Climática e Preservação de Florestas e Biodiversidade.
As inscrições para o LIFT Data podem ser feitas até 13 de abril pelo site. Além disso, no dia 18 de março, o Banco Central promoverá uma edição especial do LIFT Talks em seu canal no YouTube para apresentar mais detalhes sobre o programa e responder dúvidas do público.
Segunda fase do Drex
Recentemente o Banco Central do Brasil revelou ao Cointelegraph, que a segunda fase do Drex já está em andamento e que ela será divida em 4 etapas, sendo que a primeira dela já foi concluída pelas instituições participantes.
"As discussões do estágio inicial se iniciaram no ano passado e foram concluídas ao final de fevereiro. Os testes das soluções ainda não se iniciaram, mas a evolução dos casos de uso está em concordância com o cronograma estabelecido para a fase 2", disse o BC.
Deste modo, segundo o BC, a segunda fase do Piloto Drex concluiu seu estágio de desenho e padronização de fluxos de negócio e passou ao estágio de desenvolvimento de software, sendo que todas as empresas integrantes das 13 propostas de testes, concluíram seu estágio de desenho e padronização de fluxos de negócio.
No entanto, embora o cronograma esteja 'em dia', o BC ressaltou que ainda não há qualquer prazo para a realização de testes com a população.
"Avançar com a iniciativa de modo a promover testes junto à população depende da maturação da infraestrutura do Piloto Drex, aí incluídas as soluções de privacidade, e dos modelos de negócio, os quais estão em discussão na fase atual", afirmou o BC.