A Bolsa de Valores do Brasil, B3, vai permitir o registro no mercado de balcão (OTC) de produtos ligados indiretamente a criptomoedas.

Segundo uma matéria do Valor Econômico, a demanda dos investidores brasileiros por produtos de criptomoedas é que levou a Bolsa a permitir este tipo de produtos para negociação.

Os agentes poderão registrar derivativos ou Certificados de Operações Estruturadas (COE) que tenham como referência outros produtos negociados em bolsa, como ETFs ou futuros de criptomoedas.

A B3 abre caminho, assim, para que investidores possam diversificar os investimentos em criptomoedas, podendo inclusive usar os investimentos  como forma de hedge através de derivativos, tudo dentro da regulamentação brasileira.

A exposição indireta acontece no contexto das regras do Conselho Monetário Nacional (CMN), que não permite a negociação de ativos que não tenham formação de preços "transparente", como no caso do criptomercados, que não atendem aos padrões estabelecidos pelo CMN.

Assim, a B3 passa a permitir que o registro de instrumentos ligados a outros derivatidos, dentro de um mercado regulado, como é o caso dos ETFs de criptomoedas - o HASH11 da Hashdex, baseado no Nasdaq Crypto Index, e os QBTC11, QETH11 e !BITH11, da gestora QR Asset.

Fabio Zenaro, diretor de produtos de balcão e novos negócios da B3, disse ao Valor Econômico:

“O investidor tem se mostrado extremamente interessado nesse tipo de investimento, seja investindo diretamente em criptoativos ou indiretamente, como vimos no caso dos ETFs de cripto lançados recentemente”

Ele completa dizendo que os novos produtos são uma oportunidade de hedge, no caso dos derivativos, ou de diversificação com exposição às criptomoedas, no caso do COE, tudo em um ambiente regulado.

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