Uma pesquisa do Centro de Governança de Câmbio (CGC) revelou que mexicanos, argentinos e brasileiros são os cidadãos nacionais com maior propensão em comprar criptomoedas no mundo. A notícia é do Cointelegraph en Español.

Segundo a pesquisa, países como França, Alemanha e Estados Unidos, considerados países desenvolvidos, a maioria da população descarta a adoção deste tipo de investimento, enquanto na Espanha apenas 13% dos habitantes se vê atraído pelas moedas digitais.

Diz o estudo:

“Embora, em geral, as instituições públicas desfrutem de maior confiança na criação e administração de dinheiro, há uma grande diferença entre os países da América Latina e os Estados Unidos. A diferença está nos países onde os bancos centrais têm menos confiança social. Nesses casos, os cidadãos estão mais dispostos a hospedar novas moedas digitais emitidas por instituições alternativas. ”

O CGC ainda concluiu que a desconfiança é fruto da resposta ineficaz dos governos latinoamericanos às crises financeiras, já que os entrevistados não reconheceram medidas políticas eficazes para regular o setor bancário depois de 2008.

Mike Seiferling, diretor de pesquisa da CGC, porém, diz que há ainda muitos obstáculos no caminho das criptomoedas. Ele concluiu:

"As criptomoedas ainda têm um longo caminho a percorrer antes que possam competir e quem sabe superar as formas tradicionais de dinheiro lastreadas por bancos centrais e comerciais".

Como noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, a adoção de criptomoedas na América Latina cresceu, com os investidores da região otimistas para a movimentação do mercado em 2020. Porém, a regulamentação ainda é um fator a se desenvolver na região.