A Bolsa de Valores do Brasil, B3, chegou nesta segunda-feira, 23 de dezembro, a um acordo com a ATS em um processo de arbitragem que pedia licença para prestar serviços como plataforma de negociação de renda variável, abrindo caminho para o lançamento de uma nova bolsa de valores no país. A informação é do Valor Econômico.

A ATS tem negócios no país já há 7 anos, e desde então tenta entrar na concorrência com a B3. Segundo o comunicado da B3, será criada uma taxa de transferência de ativos, aplicada sobre as transações processadas pela ATS.

Segundo a matéria, a ATS não pretende lançar uma bolsa no mesmo perfil da B3, com listagem direta de empresas, mas sim uma plataforma de negociação de títulos em maior volume.

A ATS já havia pedido à CVM para lançar uma bolsa, mas não teria cumprido as exigências e teve seu pedido negado. Agora, a empresa deve retomar o processo.

A matéria também lembra que o principal acionista da ATS, Arthur Machado, foi preso no fim de 2018. E cita um executivo "próximo ao tema":

“A CVM pode levar isso em conta nessa análise, e demandar outro grupo administrador e acionista. Mas a base para a concorrência acontecer está dada”

Além disso, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, havia abordado a preparação da empresa para o caso da entrada de uma concorrente no mercado, dizendo que acreditava que a B3 iria se diferencias pela qualidade do serviço e gama de produtos.

Segundo uma matéria do Money Times, a ATS busca chegar a 8% de participação no mercado para equilibrar seus negócios, já o Santander aumenta essa estimativa para 10%.

Como noticiou o Cointelegraph Brasil, o Índice da Bolsa de Valores do Brasil, B3, poderá em breve ser negociado em Bitcoin. Além disso, a B3 também lançou uma vaga para um especialista em blockchain.