O projeto de recuperação urbanística da orla do Rio de Janeiro, chamado Recicla Orla, está adotando tecnologia blockchain para diminuir o impacto da produção de lixo no litoral carioca. Mais de 70 toneladas já foram recuperadas com ajuda da tecnologia blockchain. A notícia foi publicada pelo portal Diário do Rio.

O projeto é uma iniciativa de uma concessionária responsável por administrar centenas de quiosques nas praias do Rio de Janeiro. Com uma alta produção de lixo e seu consequente impacto ambiental, a empresa passou a lidar com a gestão dos resíduos do entorno de seus quiosques. 

O Recicla Orla faz uso da blockchain desenvolvida pela Polen, uma startup focada em aplicações de logística reversa para preservar o meio ambiente através da tecnologia. O CEO da Polen, Renato Paquet, explica na matéria sobre a contribuição da blockchain para o projeto:

“Os resíduos são coletados, selecionados e direcionados à reciclagem, voltando para a indústria, que faz a reutilização desse material. Os dados do processo ficam registrados em uma blockchain para que as empresas possam utilizá-los para comprovar a realização da logística reversa de suas embalagens pós-consumo e cumprir com a legislação em vigor”.

A adoção da blockchain, há três meses, já ajudou a coletar 70 toneladas de resíduos sólidos, entre eles mais de 10 toneladas de plástico, 23 de papéis e 24 de vidro. O descarte correto desse material, aliado à iniciativas de reciclagem, teria resultado na economia da emissão de 20 toneladas de emissão, além do positivo impacto social.

No texto, João Marcelo Barreto, CEO da concessionária Orla Rio, diz que a empresa precisava desenvolver soluções para o processo de descarte e coleta, a fim diminuir seu impacto no meio ambiente. Com a tecnologia blockchain, portanto, foi possível comprovar a logística reversa de todo o processo.

Conforme reportado pelo Cointelegraph, iniciativas de preservação do meio ambiente em cidades inteligentes usando a tecnologia blockchain já estão avançadas em países além do Brasil, como San Marino e Camboja.