Uma nova pesquisa da empresa de consultoria BDO revelou que a indústria de gás natural e petróleo deve investir US$ 20 bilhões em cibersegurança até 2023, com boa participação da indústria de blockchain. A notícia é do portal Petrolink.
Segundo o líder de Recursos Naturais da BDO, Clark Sackchewsky, a pesquisa revela que a transformação tecnológica do setor também trouxe consigo novos riscos, aos quais a indústria agora terá que se adequar:
“Enquanto a tecnologia está transformando todos os aspectos da cadeia de suprimento de petróleo e gás, também está criando novas áreas de risco cibernético que as empresas precisam enfrentar, ou então arriscar suas iniciativas de transformação digital nunca decolando”
Segundo a pesquisa, 36% das empresas de recursos naturais já enxergam a cibersegurança como principal desafio para o avanço do setor. O diretor de segurança cibernétida para os EUA da CBO, Greg Garrett, diz que a automação também abre novas "portas para ataques à tecnologia operacional". Segundo ele, as consequências dos ataques cibernéticos vão muito além do mundo digital:
“A integração de ferramentas digitais com sistemas operacionais significa que os ataques cibernéticos podem ter consequências físicas no mundo real, incluindo interrupção ou destruição de equipamentos. [...] É uma questão de segurança nacional. O investimento em segurança cibernética não é apenas uma prioridade para a indústria de petróleo e gás, mas para toda a nação.”
A pesquisa também destaca a importância da interligação de cadeias de suprimento no setor, com grande destaque para a adoção de tecnologia blockchain.
Maurice Liddell, diretor de estratégia, tecnologia, e transformação da BDO, defende a tecnologia como uma "boa oportunidade" para o setor se proteger dos ataques e agregar mais transparência e eficiência aos seus serviços:
“A tecnologia Blockchain tem quatro grandes vantagens: proveniência, transparência, confiança e segurança. [...] Esses elementos, quando aplicados adequadamente ao problema certo, podem resultar em eficiência do processo e custos mais baixos."
Liddel também destaca algumas áreas do setor que podem se interessar pela adoção de blockchain, dizendo que as blockchains podem acelerar os pagamentos entre as diversas partes envolvidas nos negócios do setor:
“A reconciliação, o processo pelo qual as empresas são pagas ao longo de uma cadeia de suprimentos, como petróleo e gás, atualmente pode levar até 100 dias para fluir pelo oleoduto do fluxo de trabalho e garantir que todas as partes sejam compensadas – geralmente sustentadas porque as empresas não conseguem provar facilmente eles executaram suas tarefas. [...] Com atestados mais fáceis e mecanismos de pagamento aprimorados no blockchain, a reconciliação pode ser reduzida para apenas alguns dias.”
Há, porém, desvantagens, segundo ele. A principal delas é a dificuldade de estabelecer um conjunto de regulamentos básicos, comum a todo o setor e amplamente aceito pelas partes envolvidas:
“Uma grande desvantagem da blockchain é que várias partes precisam concordar com os princípios de operação e colaborar para obter os benefícios. Dito isto, esse processo precisa ser concluído, independentemente da tecnologia usada.”
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