A digitalização de procedimentos e tecnologias disruptivas aplicadas à saúde vão ajudar a salvar vidas. É o que garante o CEO da Connectcom, Valter Lima, em texto publicado no blog do jornalista Fausto Macedo, do Estadão.

Segundo ele, a necessidade de digitalização imposta pela pandemia de coronavírus têm colocado à prova os procedimentos médicos e impondo novas formas de comunicação e trabalho, entre elas a telemedicina, que tem ajudado no diagnóstico e tratamentos precoces da doença.

Pacientes com menor urgência e em casos menos graves são consultados usando a tecnologia, e até casos graves já estão no caminho.

O Institito do Coração do Hospital das Clínicas, o InCor, referência em tratamento de doenças do coração no país, tem um projeto de TeleUTI para pacientes com Covid-19, realizando também capacitação e auxílio a médicos das redes de saúde estaduais. A iniciativa já tem servido para evitar mortes e se destaca quando comparada às redes que não são atendidas pelo programa.

Hoje, a TeleUTI InCor atende 20 hospitais. Em breve, o InCor também vai ajudar outras UTIs em todo o Brasil no tratamento de insuficiência respiratória aguda e infarto, entre outros: 

"O caso do InCor mostra que a tragédia nos trouxe alguns aprendizados. E isso é só o começo de uma transformação digital na medicina, no sentido de mudar a forma como nos relacionamos com médicos e hospitais. Neste novo cenário, a necessidade do paciente é o foco principal."

Segundo ele, a digitalização justamente impõe o maior foco na experiência e no compartilhamento dos dados dos pacientes, em busca de maior eficiência no tratamento e prevenção:

"Novos caminhos se abrem quando o paciente passa a ser de fato dono de seus dados. Soluções apoiadas em blockchain, machine learning e inteligência artificial criam um novo horizonte para analise de dados e apoio à decisão clínica, fazendo com que o cuidado seja personalizado para cada indivíduo, levando em conta cada vez mais sua genética. Cabe a nós decidirmos o quão distante esse cenário está."

Há outros caminhos a serem explorados, como check-in antecipado e pós-atendimento para acompanhamento das comorbidades ao longo do tempo.

"Em breve, as tecnologias aplicadas à saúde também servirão para atender toda a demanda reprimida de cirurgias eletivas e tratamento de doenças crônicas", conclui ele.

LEIA MAIS