A firma de capital de risco (VC) de criptomoedas Paradigm criticou a estratégia de marketing de protocolo Blast, alegando que a startup "ultrapassou os limites tanto na mensagem quanto na execução." A empresa é uma das investidoras da rodada inicial de financiamento da Blast.
O chefe de pesquisa da Paradigm, Dan Robinson, compartilhou uma declaração no X (antigo Twitter) expressando seu discordância com a decisão da Blast de lançar uma ponte antes de sua rede de camada 2 e de não permitir saques por três meses. "Achamos que isso abre um precedente ruim para outros projetos", escreveu Robinson, acrescentando que "grande parte da [estratégia de] marketing desvaloriza o trabalho de uma equipe séria."
There are a lot of components of Blast that I’m excited about and would be interested in engaging with people on. That said, we at Paradigm think the announcement this week crossed lines in both messaging and execution. For example, we don’t agree with the decision to launch the…
— Dan Robinson (@danrobinson) November 26, 2023
Há muitos componentes da Blast que me entusiasmam e com os quais eu teria interesse em interagir. Dito isso, nós da Paradigm achamos que o anúncio desta semana ultrapassou os limites tanto da mensagem quanto da execução. Por exemplo, não concordamos com a decisão de lançar o...
— Dan Robinson (@danrobinson)
A Paradigm entrou em contato com a Blast para manifestar suas preocupações a respeito das decisões dos desenvolvedores, observou Robinson, enfatizando que "ainda há muitos pontos de discordância" entre as empresas.
Apesar das críticas, o chefe de pesquisa também reconheceu que a equipe da Blast é formada por "construtores de nível mundial" com "capacidade comprovada de criar produtos excelentes." A estrutura de governança da Blast não é clara, assim como o papel da Paradigm no processo de tomada de decisões da startup. De acordo com Robinson:
"Investimos em fundadores fortes e independentes com os quais nem sempre concordamos. Mas entendemos que as pessoas podem nos procurar para dar o exemplo das melhores práticas em criptomoedas. Não endossamos esse tipo de tática e levamos a sério nossa responsabilidade no ecossistema."
A Paradigm não é a primeira empresa a se manifestar sobre o recente lançamento do Blast. Jarrod Watts, engenheiro de relações com desenvolvedores da Polygon Labs, disse que a centralização da rede representa um risco significativo à segurança dos usuários.
Além disso, Watts observou que a Blast "é apenas uma multisig 3/5", o que significa que se um invasor obtiver acesso a três das cinco chaves dos membros da equipe, ele poderá roubar todas as criptomoedas depositadas nos contratos da Blast.
Watts também afirmou que a Blast "não é uma camada 2", mas simplesmente "aceita fundos dos usuários" e "deposita os fundos dos usuários em protocolos como o LIDO" sem usar nenhuma ponte ou rede de teste. Além disso, ele criticou a ausência da funcionalidade de retiradas. Para sacar seus fundos no futuro, os usuários devem confiar que os desenvolvedores adicionarão a funcionalidade de saque no futuro.
Apesar da controvérsia em torno de seu lançamento, a Blast acumulou mais de US$ 555 milhões em valor total bloqueado desde seu lançamento, há alguns dias. O protocolo afirma ser "a único camada 2 da Ethereum com rendimento nativo para ETH e stablecoins." Um airdrop está programado para janeiro.
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