A plataforma de custódia de criptomoedas BitGo está prestes a mover seu negócio de Wrapped Bitcoin para uma estrutura de custódia multi-jurisdicional e multi-institucional para aumentar seus esforços de segurança.
Atualmente, as operações de custódia e armazenamento a frio do Wrapped Bitcoin (WBTC) da BitGo estão baseadas exclusivamente nos Estados Unidos. No entanto, segundo uma declaração de 9 de agosto, a empresa iniciou um período de transição de 60 dias para diversificar suas localizações e jurisdições de custódia do Bitcoin (BTC) subjacente, incluindo Hong Kong e Singapura.
O WBTC representa o Bitcoin e permite que os usuários se comuniquem com protocolos de finanças descentralizadas baseados em Ethereum e exchanges descentralizadas.
BitGo assegura uso da mesma tecnologia multi-sig
A BitGo afirmou que a transição de seu negócio de WBTC tornará a custódia “a primeira no mundo a ser multi-jurisdicional e multi-institucional por meio de uma parceria única e joint-venture com a BiT Global.”
A plataforma de custódia reiterou que continuará usando a mesma “tecnologia multi-assinatura e armazenamento a frio profundo,” mas agora as chaves poderão ser distribuídas em várias localizações ao redor do mundo, reduzindo o risco de um único ponto de falha.
Também foi declarado que a transição será “tanto sem atritos quanto transparente,” com conclusão prevista para 8 de outubro. Um ponto-chave que foi destacado e reiterado pelo CEO da BitGo foi o envolvimento da Tron Network e seu fundador, Justin Sun, no desenvolvimento.
Envolvimento da Tron e Justin Sun
O CEO da BitGo, Mike Belsche, reconheceu que a parceria para essa joint venture inclui a BitGo, Justin Sun e o ecossistema Tron em um post no X de 10 de agosto. Ele reiterou que o fundador da Tron, Justin Sun, não “terá a capacidade de mover fundos.” Isso ocorre em meio ao processo judicial em andamento movido contra ele pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).
“Fizemos questão de ser muito claros sobre o nome dele,” acrescentou Belsche.
Em abril de 2024, a Cointelegraph relatou que a Tron pediu a um tribunal federal de Nova York a rejeição da ação da SEC dos EUA, argumentando que o regulador está mirando “principalmente condutas estrangeiras.”
“A SEC não é um regulador mundial,” afirmou a Tron cerca de um ano após a ação ser inicialmente movida.
Em março de 2023, a SEC entrou com uma ação civil contra a Sun, a Tron Foundation, a BitTorrent Foundation e a Rainberry sobre a “orquestração da oferta e venda não registradas, negociação manipuladora e divulgação ilegal” da Tron como um título de ativos cripto.
O regulador financeiro alegou que Sun se envolveu em “negociação de lavagem manipuladora” ajudando a impulsionar o interesse público em TRX e BitTorrent com a ajuda de celebridades, incluindo Soulja Boy, Lindsay Lohan, Jake Paul e Akon.
O Cointelegraph entrou em contato com a Tron Network para comentar, mas não recebeu uma resposta imediata no momento da publicação.