Resumo da notícia:
A capitalização de mercado das criptomoedas caiu 33% desde outubro.
Uma saída recorde de fundos e fluxos negativos de ETFs sinalizam uma pressão de venda institucional persistente.
Um importante indicador macroeconômico de liquidez (NFCI) está em tendência de queda, historicamente antecipando altas do BTC em um período de quatro a seis semanas.
O Bitcoin (BTC) caiu para US$ 80.600 na sexta-feira, ampliando as perdas semanais para mais de 10%. A queda mensal do BTC atingiu agora 23%, o declínio mais acentuado desde junho de 2022. A queda abaixo de US$ 84.000 também levou o BTC a testar a média móvel exponencial de 100 semanas pela primeira vez desde outubro de 2023, coincidindo exatamente com o início do atual ciclo de alta.
As liquidações de contratos futuros de Bitcoin ultrapassaram US$ 1 bilhão, ressaltando a gravidade dessa queda, descrita pela Kobeissi Letter como o "mercado de baixa mais acelerado da história."
Capitalização de mercado das criptomoedas despenca com aceleração de vendas "estruturais"
Desde 6 de outubro, a capitalização total do mercado de criptomoedas caiu de US$ 4,2 trilhões para US$ 2,8 trilhões, uma queda de 33%. O perfil The Kobeissi Letter classificou o período como "um dos mercados de baixa de criptomoedas mais acelerado da história" no X, com a intensificação das vendas em todos os principais setores.
O perfil afirmou que os produtos de investimento em ativos digitais também refletem essa pressão negativa, com fundos de criptomoedas registrando saídas semanais de US$ 2 bilhões, o maior volume desde fevereiro.
Esta foi a terceira semana consecutiva de vendas líquidas, resultando em saídas totais de US$ 3,2 bilhões nesse período. O Bitcoin foi responsável pela maior parte dos saques, com US$ 1,4 bilhão em resgates, seguido pelo Ether, com US$ 689 milhões, representando algumas das maiores perdas semanais que ambos os ativos registraram em 2025.
As saídas diárias médias em relação aos ativos sob gestão (AUM) atingiram recordes históricos, reduzindo o AUM total para US$ 191 bilhões, uma queda de 27% em relação a outubro. Analistas classificaram isso como um declínio estrutural claro, e não apenas um sintoma de pânico de curto prazo.
Os fluxos de fundos negociados em bolsa (ETFs) dos EUA agravam a pressão. Os fluxos de ETFs de BTC à vista permanecem negativos, reforçando a onda de vendas. Enquanto isso, o ETF à vista da BlackRock está a caminho de registrar sua maior saída semanal da história, perto de superar o recorde de US$ 1,17 bilhão de fevereiro.
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Uma mudança macroeconômica pode dar ao Bitcoin liquidez nova
Enquanto diversos analistas continuam prevendo um fundo para o Bitcoin com base em gráficos técnicos e dados on-chain, Miad Kasravi adotou uma abordagem diferente. Kasravi realizou um teste de dez anos com 105 indicadores financeiros, indicando que o Índice Nacional de Condições Financeiras (NFCI) é uma das poucas métricas que consistentemente antecipa a movimentação do Bitcoin em quatro a seis semanas durante grandes mudanças no regime macroeconômico.
Essa dinâmica ficou evidente em outubro de 2022, quando a flexibilização das condições financeiras precedeu uma alta de 94%, e novamente em julho de 2024, quando o aperto monetário sinalizou tensão várias semanas antes da valorização do Bitcoin de US$ 50.000 para US$ 107.000.
No momento, o NFCI está em -0,52 e apresenta tendência de queda. Historicamente, cada queda de 0,10 ponto no índice correspondeu a uma alta de aproximadamente 15% a 20% no Bitcoin, com uma queda mais acentuada em direção a -0,60 geralmente marcando uma fase de aceleração. Dezembro também traz um catalisador importante: o plano do Banco Central dos EUA (Fed) de converter títulos lastreados em hipotecas em títulos do Tesouro.
Kasravi observou que, embora não seja rotulado como Flexibilização Quantitativa (QE), a operação pode injetar liquidez de forma semelhante ao evento "não-QE" de 2019 que precedeu uma alta de 40% no Bitcoin.
Se o NFCI continuar a cair até meados de dezembro, isso sinalizará os estágios iniciais de uma nova janela de expansão de liquidez. Com base no histórico de quatro a seis semanas de antecedência do índice em mudanças de regime anteriores, o próximo movimento cíclico importante do Bitcoin deverá ocorrer em dezembro de 2025, oferecendo um ponto de inflexão potencialmente significativo para os participantes do mercado que acompanham as condições macroeconômicas.
Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo investimento e operação comercial envolve risco, e os leitores devem realizar suas próprias pesquisas antes de tomar qualquer decisão.