O fechamento semanal do Bitcoin (BTC) em US$ 66.274 consolidou uma vela verde com valorização de 7,7%, indicando que os touros retomaram o controle do mercado.

Contrariando o histórico negativo do preço do Bitcoin em maio, a maior criptomoeda do mercado manteve a trajetória ascendente nesta segunda-feira, 20, e se aproxima do próximo nível crucial de resistência para a continuação da tendência de alta em torno de US$ 71.700, segundo Arthur Driessen, analista da Crypto Investidor

Em alta de mais de 4% nas últimas 24 horas, o Bitcoin chegou a US$ 70.157, um nível que não era alcançado desde 12 de abril, e já acumula ganhos mensais superiores a 15%, de acordo com dados da CoinGecko. 

A valorização registrada na semana passada foi impulsionada por notícias favoráveis no cenário macroeconômico, uma vez que a inflação dos Estados Unidos em abril ficou alinhada com as expectativas do mercado, abrindo caminho para uma reversão na política monetária do Banco Central dos EUA (Fed). A euforia com a antencipação da queda dos juros fez com que os principais índices de ações dos Estados Unidos – o S&P 500 e o Nasdaq – renovassem as suas máximas históricas.

Em paralelo, os aportes semanais nos ETFs de Bitcoin dos EUA voltaram a se aproximar de US$ 1 bilhão – o maior saldo líquido positivo desde março, quando o Bitcoin registrou a máxima histórica atual de US$ 73.750.

A confirmação do rompimento do pivô de alta em US$ 65.500 abre caminho para o BTC buscar o topo de sua onda 3 na região de US$ 76.000, conforme Driessen destacou ao Cointelegraph Brasil:

"Nesse momento estamos acompanhando a ação de preço na expectativa do rompimento da próxima resistência em US$ 71.700, onde se encontra tanto a linha de tendência de baixa (LTB) no gráfico diário como o topo anterior do preço do BTC."

Gráfico diário anotado BTC/USDT (Binance) com projeções de novas máximas históricas. Fonte: Crypto Investidor

No entanto, isso não significa que uma nova máxima histórica necessariamente será alcançada ainda esta semana, diz o analista. 

"Podemos nos manter em fase de acumulação por alguns dias abaixo dessa resistência buscando consolidar o movimento antes da concretização do rompimento", pondera Driessen.

Segundo a projeção de Driessen, uma onda 5 poderia impulsionar o Bitcoin à região dos US$ 90.000 na segunda metade deste ano.

Gatilhos de volatilidade para o preço do Bitcoin

Nesta semana, há gatilhos de volatilidade ligados à economia americana que podem afetar os mercados financeiros. Em 22 de maio, será divulgada a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), dando indícios sobre a real perspectiva de cortes das taxas de juros nos Estados Unidos. 

Uma sinalização em favor da redução dos juros ainda neste ano tem potencial para impulsionar novas altas, assim como eventuais dados positivos relativos às reivindicações de seguro-desemprego no mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Da mesma forma, dados desfavoráveis podem colocar em risco a resistência recém recuperada de US$ 65.500, como alerta o analista da Crypto Investidor: 

"No caso de eventuais quedas, devemos ficar atentos ao comportamento do preço do Bitcoin nas regiões de suporte entre US$ 65.500 (antiga resistência do topo do pivô)  e US$ 60.000."

Ao que tudo indica o fundo da recente correção do Bitcoin já ficou para trás. Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, muitos analistas estão colocando em dúvida a tese de que o Bitcoin enfrentará uma nova correção profunda, capaz de derrubá-lo outra vez para a faixa dos US$ 50.000.