Por que o preço do Bitcoin subiu hoje para US$ 113 mil? O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 11/09/2025, está cotado em R$ 616.844,31.
Por que o preço do Bitcoin subiu hoje
O Bitcoin subiu 1,44% nas últimas 24 horas, alcançando US$ 113.961, após semanas de volatilidade que haviam gerado uma queda acumulada de 3,84% no mês. O movimento de alta foi impulsionado por uma combinação de fluxos institucionais, sinais técnicos relevantes e um alívio no cenário macroeconômico global.
Um dos principais fatores que explicam a valorização foi a entrada de US$ 364 milhões em ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, registrada em 10 de setembro. Esse volume reforçou a confiança no ativo, já que amplia a pressão compradora do mercado institucional. Além disso, a Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um projeto de lei que obriga o Tesouro a elaborar um plano de custódia para criar uma Reserva Estratégica de Bitcoin usando ativos apreendidos.
Esse movimento político aumenta a percepção de que o Bitcoin passa a ganhar status estratégico dentro da economia americana. Analistas destacam que os ETFs já representam cerca de 6% da oferta total de BTC, o que mostra o peso crescente do capital institucional na formação de preços. Esse fator ajudou a neutralizar a cautela de investidores de varejo, que seguem mais retraídos após a correção recente.
Do ponto de vista gráfico, o Bitcoin rompeu o suporte de Fibonacci de US$ 113 mil e conseguiu se manter acima da média móvel simples de 30 dias, que está em US$ 113.311. Esse sinal técnico estimulou traders algorítmicos, que interpretaram a faixa entre US$ 110 mil e US$ 114 mil como zona de acumulação.
O histograma do MACD ficou positivo pela primeira vez desde 25 de agosto, sinalizando um possível ciclo de alta de curto prazo. Ainda assim, o RSI em 54 indica neutralidade, o que pode significar espaço para novas oscilações se os fluxos institucionais desacelerarem.
Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, aponta que caso o Bitcoin consiga fechar acima de US$ 115.864, os analistas apontam que a próxima resistência fica próxima de US$ 120 mil. Por outro lado, uma quebra abaixo de US$ 110 mil reacenderia riscos de liquidação.
Outro ponto que colaborou para o avanço foi o alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O governo americano decidiu adiar a aplicação de tarifas até novembro, medida que reduziu temores inflacionários no curto prazo. O Índice de Medo e Ganância do mercado de cripto subiu de 43 para 47, mostrando melhora no sentimento.
A correlação do Bitcoin com o S&P 500 aumentou para +0,62, reforçando a ideia de que o ativo acompanhou o movimento mais positivo dos mercados de risco. Apesar disso, os rendimentos elevados dos títulos do Tesouro ainda representam um desafio, podendo limitar altas mais fortes caso os dados de inflação de setembro mostrem surpresas acima do esperado.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos atingiram novos recordes, impulsionados por ganhos expressivos no setor de tecnologia. O otimismo agora se concentra nos próximos dados de inflação dos Estados Unidos, com expectativa de que revelem pressões contidas e favoreçam cortes de juros pelo Federal Reserve ainda este ano.
Enquanto isso, o petróleo manteve-se estável em meio às tensões geopolíticas, o ouro permaneceu próximo de suas máximas históricas, o dólar variou pouco e os rendimentos dos Treasuries subiram levemente, pressionados pela expectativa do leilão de títulos de 30 anos.
A combinação de bolsas asiáticas em alta, expectativa consolidada de cortes de juros pelo Fed, inflação sob controle e manutenção do apetite por risco cria condições favoráveis para valorização adicional do BTC. A fraqueza do dólar também sustenta esse movimento. É provável que o BTC tente romper resistências próximas e avance em direção à faixa de US$ 116.000–118.000, caso os próximos dados de inflação reforcem o tom dovish”, disse.
Bitcoin análise técnica
No campo técnico, o Bitcoin voltou a se sustentar acima do nível de Fibonacci de US$ 113 mil e da média móvel de 30 dias, em torno de US$ 113.311.
O MACD registrou histograma positivo pela primeira vez desde 25 de agosto, aumentando o otimismo de curto prazo. Contudo, o RSI em 54 mantém leitura neutra, o que sugere espaço para volatilidade.
“Se o Bitcoin romper com consistência os US$ 115.864, pode buscar os US$ 120 mil. Já uma queda abaixo de US$ 110 mil traria risco de liquidação”, destacou o analista da Bitunix.
Paralelamente, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) dos EUA caiu 0,1% em agosto, surpreendendo o mercado que esperava alta. Agora, as atenções se voltam ao Índice de Preços ao Consumidor (CPI), que será divulgado ainda hoje.
“Com o PPI em queda, o CPI será determinante para o ritmo de cortes de juros do Federal Reserve e, consequentemente, para a direção do Bitcoin”, afirmou o analista da Bitunix.
Segundo ele, se o dado vier abaixo das expectativas, o BTC pode ganhar força e romper os US$ 114 mil, acelerando o movimento para cima. Caso contrário, uma inflação mais alta pode pressionar o dólar e levar o ativo de volta à faixa de US$ 111 mil, com risco de teste entre US$ 108.500 e US$ 109 mil.
Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, afirma que após rebote no suporte crucial de US$110.300, o Bitcoin consolida-se em uma faixa entre US$110.300 (suporte imediato) e US$113.400, enquanto os mercados esperam novos sinais do Fed e CPI americano.
No médio prazo, o viés estrutural positivo se mantêm por meio das aquisições institucionais e padrões de acumulação, com potencial de rally até US$120.000 se romper resistências e liquidez global favorecer ativos de risco. O Altcoin Season Index atingiu 60, apontando para maior rotação de capital das blue chips para altcoins - ciclo semelhante ao de setembro em anos anteriores
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin , afirma que o gráfico do BTC mostra as durações do mercado de alta e baixa com métricas-chave
“A ação do preço se movendo fortemente acima do preço realizado (laranja), o suporte sustentado de MVRV +0,5σ (linha azul). Mercado em transição para fora de zonas de alcance prolongado (roxo). Isso sinaliza um claro impulso ascendente, confirmando a mudança para uma fase de alta. Enquanto o BTC se mantiver acima do valor realizado e do suporte MVRV, a tendência permanece intacta, com potencial para máximas mais altas.
Portanto, o preço do Bitcoin em 11 de setembro de 2025 é de R$ 609.853,64. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 11 de setembro de 2025, são: Mantle (MNT), Avalanche (AVAX) e Pump.fun (PUMP), com altas de 12%, 9% e 8% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 11 de setembro de 2025, são: Worldcoin (WLD), Four (FORM) e World Liberty Financial (WLFI), com quedas de -8%, -6% e -5% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.