Resumo da notícia
Realização de lucros e liquidações acima de US$ 700 milhões ampliam a correção.
ETFs continuam registrando entradas bilionárias, sustentando o cenário otimista de longo prazo.
Analistas veem consolidação entre US$ 118 mil e US$ 124 mil antes de novo impulso.
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Preço do Bitcoin ao Vivo
9h30
Marco Aurélio Moreira, CIO Vault Capital
Para que o ativo mantenha sua estrutura de alta, o ponto-chave continua sendo o fechamento diário acima de US$ 123.731. Sempre que o preço conseguiu sustentar essa região, houve força para testar novas máximas. No entanto, o fechamento de ontem ficou abaixo desse nível e também abaixo dos US$ 121.829, o que sugere um enfraquecimento temporário e pode abrir espaço para correções mais amplas.
No curto prazo, os próximos níveis de suporte estão entre US$ 121 mil e US$ 120 mil, com uma faixa de liquidez importante entre US$ 116 mil e US$ 118 mil, regiões onde o mercado costuma reagir e encontrar demanda.
As leituras on-chain confirmam esse cenário, mostrando uma concentração significativa de compras na faixa dos US$ 117 mil, nível onde cerca de 190 mil BTC foram adquiridos recentemente. Caso o preço volte a testar essa região, é provável que o mercado reaja, com investidores protegendo posições e sustentando o ativo nesse patamar.
Para retomar o viés positivo, o ideal seria o Bitcoin voltar a operar acima dos US$ 125 mil. Um fechamento próximo ou acima dos US$ 123.731 já seria um sinal de recuperação de força, ainda que sem indicar uma nova fase de descoberta de preço.
9h20
Análise da 21Shares
A adoção do ETF trouxe fluxos institucionais e demanda estrutural sem precedentes para o ativo. Essa força transformou o Bitcoin de uma negociação especulativa em uma alocação estratégica em carteiras diversificadas. No curto prazo, o Bitcoin parece bem posicionado para testar novamente uma tendência à baixa e, então, potencialmente atingir a faixa de US$ 140 mil a US$ 150 mil até o final do ano.
O mercado mais amplo pode seguir o mesmo caminho. A capitalização total do mercado de criptomoedas está se aproximando da marca de US$ 5 trilhões, menos de 25% acima dos níveis atuais, um movimento que está bem ao alcance, considerando o aumento de 63% que vimos no quarto trimestre de 2024.
8h30
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quarta-feira, 08/10/2025, está cotado em R$ 659.381,14. Os touros não conseguiram sustentar o valor do BTC acima de US$ 125 mil, no entanto, o analista Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, diz que o movimento é saudável e prepara o terreno para uma nova alta.
Por que o preço do Bitcoin caiu hoje?
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que a retração ocorre após a criptomoeda atingir uma nova máxima histórica de US$ 126.198 no dia 7 de outubro e reflete uma combinação de fatores técnicos e comportamentais. Apesar do recuo pontual, o ativo ainda acumula ganhos de 5,5% nos últimos sete dias e 9,4% no mês, mostrando que o movimento atual se encaixa mais em uma correção técnica do que em uma reversão de tendência.
Nos bastidores, o principal motivo para a queda é a realização de lucros. Após semanas de valorização consistente, muitos investidores decidiram garantir ganhos, o que provocou uma pressão vendedora generalizada. Além disso, o mercado de derivativos estava superaquecido, com mais de US$ 1,1 trilhão em posições abertas antes da queda, um dos maiores níveis da história recente”, disse.
Segundo dados da Binance News, mais de US$ 700 milhões em posições compradas foram liquidadas em apenas 24 horas. Esse volume acentuou o recuo e empurrou o preço em direção à zona de suporte de US$ 120 mil.
Outro fator relevante foi a mudança no sentimento de mercado. O tradicional Índice de Medo e Ganância caiu de 62 (ganância) para 55 (neutro), refletindo uma postura mais cautelosa dos investidores. O movimento foi acompanhado por relatos de “ação predatória de preços” em grandes corretoras, como a Binance, onde ordens falsas teriam acionado stop-loss de traders menores. Esse tipo de dinâmica reforça a volatilidade de curto prazo e contribui para a incerteza momentânea.
Entretanto, há também sinais positivos que limitam o impacto dessa correção. A chamada absorção institucional tem se mostrado um fator de equilíbrio no mercado. Os ETFs de Bitcoin à vista continuam registrando entradas recordes, superiores a US$ 1,2 bilhão por dia, de acordo com a Finbold.
Apenas a BlackRock adicionou 7.579 BTC recentemente, elevando sua posição total para 791.347 BTC, equivalente a cerca de US$ 98,5 bilhões. Para o CTO da Bitwise, Hong Kim, esse movimento mostra uma “tendência secular imparável”, com investidores institucionais assumindo o papel de estabilizadores do mercado.
Mesmo com a alta volatilidade, a estrutura de longo prazo permanece otimista. Analistas apontam que os níveis de US$ 117 mil e US$ 114 mil funcionam como suportes técnicos importantes, próximos à média móvel de 50 dias e ao nível de Fibonacci de 38,2%. Caso o preço respeite essas regiões, o cenário de alta continua válido, sustentado pelo enfraquecimento do dólar e pelo avanço contínuo dos ETFs de criptoativos.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados globais sofreram com o aumento das tensões políticas na França, no Japão e o prolongamento do shutdown nos EUA, levando a uma correção nas bolsas asiáticas.
O ouro, por outro lado, disparou e ultrapassou pela primeira vez o patamar de US$ 4.000/oz, impulsionado por compras institucionais, ETFs e demanda por proteção frente à instabilidade. Apesar da turbulência global, o dólar se fortaleceu, pressionando ativos correlacionados ao risco.
Com o BTC a US$ 122.550, a expectativa de curto prazo é neutra a levemente negativa. A valorização expressiva do ouro sugere que parte dos recursos está migrando para ativos de refúgio, o que pode enfraquecer o impulso para criptomoedas. Além disso, o dólar mais forte reduz a margem de valorização do Bitcoin. O BTC provavelmente seguirá em consolidação entre US$ 118.000 e US$ 124.000, com tendência de leve recuo se o ambiente de mercado permanecer avesso ao risco. Caso haja sinalização dovish ou reversão no dólar, pode haver espaço para busca de novas máximas.
Bitcoin análise técnica
Do ponto de vista técnico, o Bitcoin testa o suporte entre US$ 120 mil e US$ 121 mil, uma faixa considerada “fina” de liquidez. O próximo suporte relevante está em US$ 117 mil, onde cerca de 190 mil BTC foram negociados recentemente.
“Se o preço segurar acima dos US$ 120 mil, o mercado entra em fase de consolidação controlada, abrindo espaço para nova alta em direção a US$ 126 mil ou US$ 130 mil”, avaliou Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN.
Entre os riscos no curto prazo, Misir aponta quatro gatilhos: uma prolongação do impasse político nos EUA, excesso de lucratividade que incentive mais vendas, uma interrupção nos fluxos dos ETFs e um possível discurso mais duro do Federal Reserve nas próximas semanas. Ainda assim, ele mantém visão construtiva.
“Não é uma reversão, é um teste de força. O mercado está rotacionando, não recuando”, concluiu.
Portanto, o preço do Bitcoin em 08 de outubro de 2025 é de R$ 659.381,14. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0015 BTC e R$ 1 compram 0,0000015 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 08 de outubro de 2025, são: PancakeSwap (CAKE) SPX6900 (SPX) e Memecore (M), com altas de 6%, 5% e 3% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 08 de outubro de 2025, são: DoubleZero (2Z) Plasma (XPL), World Liberty Financial (WLFI) com quedas de -17, -11% e -10% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.