Resumo da notícia
Bitcoin falha novamente ao romper US$ 90 mil, reforçando resistência e ausência de catalisadores altistas.
Dados de inflação dos EUA e decisão do Banco do Japão mantêm investidores cautelosos.
Zona entre US$ 85 mil e US$ 81 mil segue como principal suporte observado pelo mercado.
11h20
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio
Após a divulgação de dados macroeconômicos ontem (17), o preço do Bitcoin atingiu a máxima de US$ 90.630, no entanto rapidamente o preço voltou a cair e atingiu a mínima de, até o momento desta publicação, US$ 85.314.
Durante a queda foi possível observar a entrada de fluxo vendedor, a qual se tornou predominante até o momento. Este movimento sugere continuidade de queda até os US$ 82.200 e US$ 79.000.
Caso entre fluxo comprador e reverta o movimento, as próximas resistências estão nas faixas de preços de US$ 94.500 e US$ 101.300.

9h15
Marco Aurélio Camargo, CIO da Vault Capital
O dia anterior começou repetindo um padrão que já conhecemos bem: volatilidade concentrada em janelas específicas de liquidez, especialmente na abertura do mercado americano.

Por volta das 11h30, com a abertura dos mercados nos Estados Unidos, vimos um movimento rápido e agressivo para cima. Em apenas 30 minutos, o Bitcoin saltou de US$ 87.500 para US$ 90.365, uma valorização de US$ 2.865, adicionando cerca de US$ 80 bilhões à capitalização total do mercado cripto. Nesse mesmo intervalo, aproximadamente US$ 106 milhões em posições vendidas foram liquidadas. Um movimento típico de squeeze curto, explorando liquidez e stops acima.

Pouco tempo depois, por volta das 12h, o fluxo se inverteu com a mesma intensidade. O Bitcoin devolveu praticamente todo o movimento, caindo cerca de US$ 4.000, de US$ 90.365 para US$ 86.300 ao longo de 90 minutos. Nesse processo, o mercado eliminou aproximadamente US$ 130 bilhões em capitalização, enquanto US$ 150 milhões em posições compradas foram liquidadas em cerca de uma hora.
Mesma sequência, mesma duração, mesma lógica: expansão rápida para capturar liquidez de um lado, seguida de reversão para limpar o outro. Esse tipo de comportamento reforça que o mercado ainda está extremamente sensível, com players explorando alavancagem e fluxo de curto prazo, e não necessariamente refletindo uma mudança estrutural imediata.
Feito esse pano de fundo, voltamos para a leitura principal do mercado.
No dia anterior, o Bitcoin chegou a tentar recuperar a região dos US$ 88 mil, mas o movimento foi essencialmente especulativo, sem sustentação de fluxo real. O que vimos, na prática, foi mais um limpa de alavancagem excessiva, especialmente de posições abertas recentemente com alto grau de risco. Esses movimentos costumam gerar repiques rápidos, mas falham em se manter justamente por não nascerem de demanda estrutural.
Hoje entramos em um dos dias mais importantes da semana, com a divulgação do CPI e do Core CPI a partir das 10h30. Esses dados são o principal vetor direcional no curto prazo. Se a inflação vier controlada ou abaixo do esperado, o mercado ganha espaço para tentar recuperar níveis superiores e trabalhar novamente acima dos US$ 88 mil. Por outro lado, uma surpresa inflacionária para cima tende a reacender o movimento de aversão ao risco, empurrando o preço para novos testes de mínimas e clusters mais baixos de liquidez.

Do ponto de vista on-chain, seguimos negociando abaixo do MVRV, e estamos sendo negociado em um desvio padrão o que é relevante. De forma objetiva, o MVRV compara o preço atual do Bitcoin com o seu valor realizado médio. Quando o preço opera em um desvio, historicamente estamos em zonas de assimetria, onde o risco marginal diminui e o ativo entra em regiões que costumam atrair compras estratégicas. No momento, essa zona se concentra próxima dos US$ 85 mil, exatamente onde o mercado vem tentando se estabilizar.
O dia de hoje tende a seguir altamente volátil, e tudo gira em torno da reação aos dados de inflação. Para que o mercado volte a construir algo mais saudável, o primeiro passo técnico é recuperar o cluster entre US$ 88 mil e US$ 90 mil, com um fechamento diário de candle cheio, sem sombras relevantes. Esse tipo de fechamento indicaria retomada de força compradora e permitiria ao preço voltar à estrutura que vinha sendo construída. A partir daí, abre-se espaço para uma recuperação mais organizada em direção à região dos US$ 93 mil.
Por outro lado, a região dos US$ 85 mil permanece crítica. A sua perda aumenta significativamente o risco de quedas mais profundas. Antes de qualquer movimento em direção aos US$ 80 mil, podem existir suportes intermediários nos desvios entre US$ 83 mil e US$ 82 mil, mas são níveis frágeis e pouco confiáveis. Por isso, essa faixa atual é delicada: é uma zona onde o risco é evidente e onde o mercado costuma acelerar movimentos quando perde equilíbrio.
9:05
Orlando Telles, Diretor de Research do On Crypto Research
O Bitcoin opera próximo aos US$ 87 mil após um dia de intensa volatilidade que evidenciou a fragilidade do momento atual do mercado. Em menos de duas horas, a principal criptomoeda registrou um swing de US$ 140 bilhões em capitalização de mercado, saltando brevemente para US$ 90 mil antes de recuar para US$ 86 mil. Nesse intervalo, foram liquidados US$ 120 milhões em posições vendidas (shorts) e, na sequência, US$ 200 milhões em posições compradas (longs).
Apesar da turbulência de curto prazo, a análise técnica e macroeconômica sugere um cenário construtivo para os próximos meses. O Bitcoin acumula queda de aproximadamente 30% desde seu pico recente, mas os fundamentos de liquidez global apontam para uma possível retomada.
Espero dias de mais volatilidade e uma disputa intensa para romper a resistência dos US$ 92 mil. Apesar de uma queda poder ocorrer por conta da questão de juros do Japão, vejo um cenário mais otimista para os próximos três meses e ainda acredito em uma recuperação do Bitcoin acima dos US$ 100 mil no médio prazo
8h20
Econometrics
A demanda institucional por Bitcoin está perdendo força.
Este quarto trimestre continua sendo desafiador para o Bitcoin. Após os fortes fluxos institucionais que sustentaram os preços no início do ciclo, o ímpeto claramente diminuiu. A tendência de demanda que impulsionou o Bitcoin nos últimos dois anos não está mais se acelerando.
Ao combinarmos empresas de capital aberto com tesourarias de Bitcoin e veículos de investimento semelhantes a ETFs que detêm Bitcoin físico, essas instituições controlam agora cerca de 12% da oferta total de Bitcoin. Essa é uma parcela significativa do mercado. No entanto, esse mercado tem permanecido praticamente estagnado nos últimos meses.
Saídas recentes de ETFs de Bitcoin à vista significam que as participações dos fundos estão ligeiramente menores em comparação com o mês anterior, em 1º de dezembro. Ao mesmo tempo, as empresas de capital aberto parecem ter atingido um ponto de inflexão. A forte fase de acumulação, que durou menos de um ano, perdeu força, e o crescimento agora se aproxima do ritmo mais lento observado antes de outubro de 2024.
Isso é importante porque as empresas de capital aberto, em particular, atuaram como um forte impulso durante a última alta do Bitcoin e como suporte durante períodos de fraqueza. Analisamos isso com mais detalhes no relatório de quarta-feira, com foco na MicroStrategy . A queda nos preços do Bitcoin, combinada com a pressão sobre os balanços patrimoniais das empresas detentoras de ações, representa a perda de um dos suportes estruturais mais importantes do Bitcoin.
Sem uma nova acumulação institucional, o caminho para uma recuperação sustentada dos preços torna-se materialmente mais difícil.

8h
Alex Adler Jr, analista da CryptoQuant
O BTC não se move porque a alavancagem é alta – ele se move quando ordens agressivas se tornam unilaterais. O modelo SQL desta semana rastreia isso com um Índice Z de Agressividade do Tomador, para que você possa ver quando a situação está realmente crítica.
7h50
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 18/12/2025, está cotado em R$ 482.176,47. O BTC continua seu movimento de negociação lateral preso entre US$ 83 mil e US$ 93 mil sem grandes catalisadores para uma alta exponencial no curto prazo.

Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados asiáticos recuam com nervosismo global e ações tech sob pressão - Mercados asiáticos fecharam em baixa, refletindo temores renovados sobre o setor de tecnologia e gastos em inteligência artificial após quedas em empresas como Oracle e Nvidia, levando o índice MSCI Asia‑Pacific a cair cerca de 0,5%.
Assim, os investidores também demonstraram cautela antes de decisões de política monetária de diversos bancos centrais (incluindo BoE, BCE e BoJ), enquanto o dólar perdeu força diante de expectativas de cortes de juros nos EUA. Essa combinação exacerbou a aversão ao risco, resultando em movimentos mistos em commodities e moedas.
Já o Bitcoin cotado aproximadamente em US$ 86200 possui uma expectativa de curto prazo neutra a levemente negativa. A cotação abaixo de US$ 90 000 e a contínua aversão ao risco nos mercados tradicionais, especialmente no setor de tecnologia, que muitas vezes se correlaciona com ativos de risco como cripto, intensificam a vulnerabilidade do BTC no curtíssimo prazo. Mesmo com um dólar mais fraco e expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve sustentando teoricamente ativos de risco, falta um catalisador macro claro para iniciar uma recuperação robusta. No cenário atual, o BTC pode oscilar lateralmente ou testar suportes inferiores se o sentimento de risco global continuar desfavorável.”, afirmou.
Bitcoin análise técnica
De acordo com a BRN, o padrão atual reforça a existência de uma oferta estrutural acima dos preços atuais, que impede avanços mais consistentes.
“Cada tentativa de alta perde força rapidamente, o que mostra a ausência de um catalisador altista sustentável”, afirma Timothy Misir, head de research da BRN.
O movimento contido não se restringe ao Bitcoin. Ethereum recuou para US$ 2,8 mil, enquanto BNB e Solana também ampliaram perdas, refletindo fraqueza generalizada entre os principais ativos. Com isso, a capitalização total do mercado cripto permanece limitada a US$ 2,92 trilhões, reforçando a leitura de estagnação.
Segundo Misir, o comportamento do mercado sugere distribuição, e não acumulação. “As altas são curtas, as quedas são rasas, mas persistentes. Isso indica um mercado pesado”, explica.
No campo on-chain, os sinais seguem mistos. O Bitcoin se aproxima perigosamente de romper médias móveis amplamente acompanhadas, como a média de 200 períodos.
Historicamente, esse tipo de movimento costuma anteceder fases prolongadas de consolidação, mais do que quedas abruptas.
Apesar disso, a estrutura de oferta segue desafiadora. Existe uma zona densa de distribuição entre US$ 92 mil e US$ 120 mil, formada por compradores de topos anteriores.
Essa região funciona como uma resistência persistente, dificultando a recuperação. Além disso, o BTC não conseguiu retomar o quantil de 0,75 próximo de US$ 95 mil, nem o custo médio dos detentores de curto prazo, estimado em US$ 101,5 mil.
“Enquanto esses níveis não forem recuperados, qualquer tentativa de alta permanece estruturalmente limitada”, destaca Misir.
Por outro lado, a pressão vendedora não se intensificou. A região do True Market Mean, em torno de US$ 81,3 mil, segue atraindo compradores. Esse nível atua como uma âncora psicológica e on-chain, criando um equilíbrio frágil.
A BRN compara o momento atual ao início de 2022, quando o desgaste ocorreu mais pelo tempo do que por grandes quedas de preço. O Ethereum apresenta um sinal diferente. Os saldos em exchanges caíram para o menor nível desde 2016, indicando menor pressão de venda no curto prazo.
Embora o preço do ETH continue fraco, a dinâmica de oferta sugere uma resiliência latente, caso o sentimento de risco global melhores. Entre os principais gatilhos de risco, a BRN aponta um CPI negativo ou uma postura mais dura do Banco do Japão como fatores capazes de pressionar ainda mais o mercado.
Uma perda consistente da faixa entre US$ 85 mil e US$ 81 mil elevaria a chance de uma correção mais profunda. Por outro lado, uma inflação controlada combinada com fluxos positivos sustentados em ETFs poderia abrir espaço para nova tentativa de retomada dos US$ 90 mil.
“Os mercados cripto permanecem presos em um padrão frágil de espera. A incapacidade do Bitcoin de recuperar níveis estruturais mantém o risco inclinado para mais consolidação ou queda”, conclui Timothy Misir.
Portanto, o preço do Bitcoin em 18 de dezembro de 2025 é de R$ 482.176,47. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0019 BTC e R$ 1 compram 0,0000019 BTC.
As criptomoedas que estão registrando as maiores altas no dia 18de dezembro de 2025, são: Audiera (BATER), Cantão (CC) e PinPin (PINPIN), com altas de 27%, 7% e 6%, respectivamente.
As criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 18 de dezembro de 2025, são: UNUS SED LEO (LEO), PUMP.FUN (PUMP) e Hyperliquid (HYPE), com quedas de -30%, -11% e -10% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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