Resumo da notícia
Bitcoin supera R$ 663 mil e segue firme acima de US$ 124 mil, mirando US$ 130 mil ainda nesta semana.
ETF inflows e escassez nas exchanges indicam força estrutural e maturidade no ciclo atual, segundo analistas.
Instabilidade política global e dólar forte reforçam busca por ativos de refúgio como ouro e Bitcoin.
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Preço do Bitcoin ao Vivo
8h30
Nic Puckrin, analista de criptomoedas e cofundador do The Coin Bureau, afirma:
Agora que ultrapassamos a máxima histórica anterior, o maior risco para o Bitcoin é ficar preso em uma faixa estreita. É preciso haver algum movimento de preço para confirmar que a alta ainda tem fôlego até o final do ano. Portanto, espero que o BTC rompa a faixa de US$ 120 mil a US$ 125 mil em qualquer direção.
De fato, neste momento, uma reversão seria um sinal bem-vindo – desde que seja menor do que a retração de sua máxima histórica anterior. Da última vez que o Bitcoin atingiu um novo topo, caiu cerca de 13,5%, o que o colocaria em torno de US$ 109 mil desta vez.
Isso ainda marcaria uma correção saudável, caracterizada por máximas e mínimas mais altas. E seria um sinal de que US$ 150 mil ainda são uma possibilidade até o final do ano.”
7h30
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta terça-feira, 07/10/2025, está cotado em R$ 663.119,79. Os touros mantêm firme a alta do Bitcoin e estão sustentando o preço acima de US$ 124 mil, o que abre caminho para US$ 130 mil ainda na semana.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, aponta que os mercados globais operaram sob pressão por conta das tensões políticas no Japão e na França, além do prolongamento do shutdown nos EUA. A vitória de Sanae Takaichi, de perfil expansionista, impulsionou o principal índice japonês a novas máximas, mas derrubou o iene e os títulos japoneses. Já na Europa, a renúncia do primeiro-ministro francês aumentou a instabilidade, pesando sobre o euro.
O dólar se manteve forte, contrariando as expectativas de enfraquecimento. Nesse contexto, o ouro e o Bitcoin subiram, alcançando novas máximas, refletindo a busca por ativos alternativos em meio à incerteza. Com o Bitcoin cotado em US$ 124.500, a expectativa de curto prazo é neutra a levemente positiva.
A instabilidade política reforça o apelo por ativos não correlacionados e o ouro em alta indica que parte do capital de refúgio está migrando para metais preciosos e criptomoedas. No entanto, o dólar firme limita a força de valorização do BTC, tornando provável uma fase de consolidação antes de uma possível nova pernada altista. Caso falas dovish surjam ou o fluxo de apetite por risco se intensifique, o BTC pode buscar romper resistências próximas (US$ 126.000–128.000). Caso o dólar retome vigor ou surjam choques negativos, o preço pode recuar para suportes em torno de US$ 120.000–122.000.
Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, afirma que desde o fundo em novembro de 2022, as reservas de Bitcoin em exchanges globais entraram em forte tendência de queda. Esse movimento indica que os investidores estão cada vez menos propensos a deixar suas moedas disponíveis em exchanges, preferindo a autocustódia ou o saque para carteiras frias.
Tal comportamento geralmente está associado a uma posição de longo prazo, visto que a redução da oferta circulante nas plataformas de negociação tende a pressionar positivamente o preço no médio e longo prazo.
A forte demanda institucional começou a se manifestar com mais clareza em 2023 e, cerca de um ano depois, o lançamento oficial dos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos marcou a consolidação dessa fase. Esses veículos de investimento abriram as portas para que investidores institucionais e grandes fundos acessassem o mercado de forma regulada, gerando forte pressão compradora.Como resultado, as reservas em exchanges caíram para o menor nível em sete anos, refletindo uma redução drástica na liquidez disponível para venda imediata. Essa dinâmica sugere que o Bitcoin está se tornando cada vez mais escasso nos mercados tradicionais, reforçando a tese de que uma redução na oferta pode ser um dos principais gatilhos para a sustentação de novos ciclos de valorização.
Alta atual não é hype
O mercado global de criptoativos entrou oficialmente em território histórico. O Bitcoin atingiu um novo recorde de US$ 125.899, alta de 6,4% em apenas 24 horas, impulsionado por fortes entradas em ETFs, menor oferta circulante e redução nas vendas de grandes investidores.
“Esse rali não é especulação de varejo, mas convicção institucional”, afirmou Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN. “Os fluxos para ETFs e a queda na oferta nas exchanges mostram uma mudança estrutural de longo prazo.”
Segundo dados de mercado, os ETFs de Bitcoin registraram US$ 1,19 bilhão em aportes somente em 6 de outubro, liderados pela BlackRock, com US$ 970 milhões. Nenhum fundo reportou saques. Já os ETFs de Ethereum somaram US$ 177 milhões, completando seis dias consecutivos de fluxo positivo.
O movimento de alta não se restringiu às criptomoedas. O ouro superou a marca histórica de US$ 4.000 por onça, fortalecendo o chamado “trade da escassez”, em que investidores buscam ativos não soberanos e resistentes à inflação.
“O avanço simultâneo de Bitcoin e ouro mostra que o mercado está reprecificando o valor da escassez em escala global”, explicou Misir. “Há uma mudança de regime: liquidez em alta, juros em queda e demanda por ativos duros.”
A melhora no ambiente geopolítico também ajudou. As negociações de cessar-fogo em Gaza aliviaram tensões e impulsionaram o apetite por risco, favorecendo o retorno de capital a ativos digitais e ações.
Enquanto o Bitcoin lidera a narrativa de escassez, o Ethereum saltou para US$ 4.735, e o BNB atingiu US$ 1.242, ambos acompanhando o fluxo institucional. Dados on-chain mostram que as baleias retiraram US$ 1,64 bilhão em BTC das exchanges nos últimos 30 dias, indicando redução na pressão de venda e acúmulo em carteiras privadas.
“Essa é uma das fases mais saudáveis da história do Bitcoin”, observou Misir. “Temos menos alavancagem, posições mais limpas e uma base de compradores genuínos. É um mercado em amadurecimento.”
No campo técnico, o Bitcoin rompeu resistências entre US$ 124 mil e US$ 125 mil, e agora encontra suporte em US$ 121 mil. A consolidação entre US$ 123 mil e US$ 126 mil é vista como movimento natural antes de um novo avanço rumo a US$ 135 mil.
Entre os riscos no horizonte, analistas destacam a possibilidade de estagnação nos fluxos de ETFs, reprecificação macro em função das falas do Fed e mercado tecnicamente sobreaquecido. “Os indicadores de força relativa e taxas de financiamento mostram sinais de leve euforia”, alertou o analista.
Mesmo assim, o cenário segue amplamente positivo. “Esse rali é sustentado por fundamentos, não por hype”, disse Misir. “Instituições estão comprando escassez em meio a uma oferta que se estreita rapidamente. É a consolidação do Bitcoin como ativo macro global.”
Com liquidez robusta, fundamentos sólidos e menor pressão vendedora, o próximo alvo do mercado é a faixa entre US$ 135 mil e US$ 140 mil, reforçando o tom otimista entre investidores profissionais.
“Não estamos vendo euforia, mas sim a calma convicção de quem entende o valor da escassez”, concluiu Misir.
Bitcoin análise técnica
O analista-chefe da Coinext, Taiamã Demaman, destaca que a alta atual é sustentada por um gatilho prático que foi o acúmulo de posições vendidas entre US$114 mil e US$117,5 mil. Quando o preço reverteu para cima, esses vendedores foram forçados a recomprar para limitar perdas: esse processo (short squeeze) ampliou rapidamente o movimento e empurrou o BTC rumo a US$125 mil.
Segundo ele, o movimento foi reforçado por cerca de US$2,2 bilhões em entradas líquidas nos ETFs de Bitcoin à vista nos primeiros dias de outubro, com US$985 milhões concentrados numa única sexta-feira, clara evidência de apetite institucional.
No plano macro, o shutdown do governo dos EUA, iniciado em 1º de outubro, e o adiamento de indicadores importantes aumentaram a percepção de risco fiscal. Isso, somado à alta probabilidade (92,5%) de um corte de juros pelo Fed em 29/10, eleva expectativas de mais liquidez em dólares, um ambiente que tende a favorecer o Bitcoin.
O risco no curto prazo é a realização de lucros por grandes players, já que quase todos os investidores estão no ganho. É importante, portanto, acompanhar os níveis técnicos de preço a partir das liquidações de mercado: temos suportes-chaves em US$117,5 mil e, em correção mais forte, US$114,5 mil.Por outro lado, caso haja persistência nos níveis atuais, os próximos alvos estão em US$133 mil, com extensão a US$144 mil."
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que o Bitcoin começou outubro em alta e renovou sua máxima histórica ao alcançar US$ 125.710, uma valorização de 17,08% em relação às mínimas de setembro. O movimento veio após o ativo encontrar suporte firme na região dos US$ 107.500, onde a pressão vendedora perdeu força e o mercado voltou a reagir positivamente. O bom desempenho também se refletiu no restante do mercado cripto, que abriu o mês em terreno positivo.
“A sazonalidade agora favorece uma perspectiva otimista para o BTC. Historicamente, outubro, conhecido no mercado como “Uptober”, apresentou retornos positivos em nove dos últimos onze anos, com ganhos médios de cerca de 21%. O quarto trimestre também costuma ser o mais forte para o Bitcoin, com valorização média próxima de 80%.
Uma análise da Bitfinex destaca que um dos principais fatores por trás da recuperação do Bitcoin tem sido a forte redução na pressão de venda. A correção no fim do verão do Hemisfério Norte foi impulsionada, sobretudo, pela capitulação de short-term holders (investidores de curto prazo) e pela distribuição de grandes volumes por baleias, movimento que coincidiu com a realização de lucros após o primeiro corte de juros do Federal Reserve.
Com a liquidação das posições alavancadas e a recuperação da faixa entre US$ 110 mil e US$ 112 mil, a nova demanda conseguiu absorver a oferta, reacendendo o fôlego comprador. O cenário macro também tem ajudado: os ETFs de Bitcoin à vista nos EUA voltaram a registrar entradas, com média diária acima de US$ 647 milhões na última semana, e a distribuição por grandes detentores desacelerou de forma significativa. O quadro permanece favorável: um Fed mais dovish (flexível), inflação em desaceleração, fluxo positivo em ETFs e suporte on-chain estável indicam que a fase de correção pode ter ficado para trás.
Portanto, o preço do Bitcoin em 07 de outubro de 2025 é de R$ 663.119,79. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0015 BTC e R$ 1 compram 0,0000015 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 07 de outubro de 2025, são: Plasma (XPL), PancakeSwap (CAKE) e Mantle (MNT), com altas de 7%, 5% e 4% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 07 de outubro de 2025, são: Zcash (ZEC), SPX6900 (SPX) e Hyperliquid (HYPE) com quedas de -12, -7% e -5% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.