A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta quinta-feira, 05/09/204, em R$ 321.388,30. Os touros estão fragilizados e não conseguem impor uma recuperação para o BTC que vem negociando em tendência de baixa, podendo perder o nível de US$ 55 mil.
O analista Alexander Kuptsikevich destaca que o Bitcoin caiu pelo nono dia dos últimos 11, já que sua tentativa de consolidação acima da média de 200 dias desencadeou uma liquidação intensificada.
Segundo ele, mercados financeiros em alta e um dólar mais fraco não ajudaram o Bitcoin a ganhar força. "É possível que a fraqueza nas criptomoedas seja uma manifestação de um apetite de risco muito limitado, e o resto dos mercados pode em breve seguir o exemplo das criptomoedas", disse.
"Nos dados on-chain tivemos o acúmulo de 11 mil bitcoins por parte dos investidores de longo prazo (LTH). No Ethereum foram 26 mil ETH colocados em staking. Nos ETFs de bitcoin tivemos a saída de 37 milhões de dólares. Nos ETFs de ether tivemos também uma saída de 37 milhões de dólares", afirmou André Franco, especialista do MB Research do Mercado Bitcoin.
Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, afirma que o BTC se segurou bem na retração de 50% de fibo, que é o suporte mais forte nesse momento. Com isso, o ativo deixou um sinal de bastante interesse comprador.
"Uma continuação de alta está bastante atrelada ao payroll de sexta-feira. Caso venha acima do esperado, devemos voltar para US$ 65 mil facilmente" disse.
Beto Fernandes, analista da Foxbit também destaca que o preço do Bticoin só deve começar uma recuperação após o corte de juros na economia americana. Segundo ele, dados como o relatório de empregos JOLTs foram positivos. O indicador mostrou que o mercado de trabalho está enfraquecendo nos Estados Unidos, e o payroll, na sexta-feira, pode confirmar esta visão.
"O que chama bastante a atenção é que ao olhar para os dados on-chain, uma parte considerável de investidores, principalmente os de curto prazo, estão mantendo prejuízos não realizados. Ou seja, mesmo perdendo dinheiro em suas posições, o comportamento é de aguardar e não vender, o que aumenta a perspectiva de que as próximas semanas podem trazer ventos um pouco diferentes à criptomoeda", disse.
Olhando para a análise técnica, Rakesh Upadhyay destaca que o Bitcoin virou para baixo a partir da média móvel exponencial de 20 dias (US$ 59.655) em 3 de setembro e caiu para o suporte de US$ 55.724 em 4 de setembro.
"Espera-se que os touros defendam o nível de US$ 55.724 com todas as suas forças, pois se o suporte ceder, o par BTC/USDT pode despencar para US$ 49.000. Esse nível pode atrair uma compra sólida por parte dos touros, mas os ursos tentarão interromper o rali de alívio em US$ 55.724. Abaixo de US$ 49.000, a próxima parada pode ser US$ 42.000", disse.
No entanto, ele também destaca que essa visão negativa será invalidada a curto prazo se o preço subir a partir do nível atual e romper acima da média móvel simples de 50 dias (US$ 61.712). O par então poderia subir para US$ 65.000 e depois para a resistência crucial em US$ 70.000.
Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destaca que atualmente, há uma fuga de liquidez do mercado cripto, 'nas últimas semanas, por exemplo, tivemos uma redução de entradas de fluxo comprador nos ETFs. Isso faz com que o Bitcoin caia sem correções maiores.
"A esperança do mercado são os dados do payroll amanhã, sexta-feira. É uma data importante que gera expectativa de como o mercado vai reagir com a redução da taxa de juros do FED. Isso porque o mercado como um todo, está em um nível de tensão muito grande e isso acaba respingando no BTC, com a saída de fluxo de dinheiro do mercado de renda variável", afirma.
Segundo ele, graficamente,o Bitcoin tem feito topos menores e fundos maiores e isso acaba deixando o mercado um pouco preocupado nesse curto prazo.
"Atualmente, investir em altcoins é muito arriscado. Sempre há influencers e outras pessoas indicando comprar criptomoedas alternativas, alegando que o Bitcoin é caro e que não dá pra ficar rico com ele, mas se esquecem que altcoins são projetos, são empresas, que podem dar certo como pode dar errado. É como se você estivesse investindo numa startup, comparando o risco. Então, o recomendado é que você tenha uma uma exposição menor em altcoins", afirmou.
Ele destaca que o Bitcoin ainda continua sendo o ativo mais seguro e, nos momentos de grandes quedas, o mercado tende a migrar para ele. Por isso, enquanto o BTC corrige 10%, uma Altcoin corrige 20, 30%.
"É sempre muito arriscado estar com exposição alta em altcoins. Atualmente existem algumas altcoins que estão voltando ao fundo de 2023, devolvendo toda a alta do segundo semestre de 2023 e do primeiro semestre de 2024. Olhando os gráficos, não há uma situação confortável" finaliza.
Portanto, o preço do Bitcoin em 05 de setembro de 2024 é de R$ 321.388,30. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0031 BTC e R$ 1 compram 0,0000031 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 05 de setembro de 2024, são: Helium (HNT), Injective (INJ) e Sui (SUI), com altas de 9%, 7% e 6% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 05 de setembro de 2024, são: Mantra (OM), Aptos (APT) e Leo Token (LEO) com quedas de -5%, -4% e -3% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão