O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta sexta-feira,04/07/2025, está cotado em R$ 592.470,13. O BTC chegou a ser negociado em US$ 110 mil, mas os touros não conseguiram segurar o valor e com isso a criptomoeda recuou para US$ 108 mil apontando uma leve tendência de queda para o final de semana.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, destacou que os mercados globais operaram com leve retração em meio a um início de semana marcado pela cautela e menor liquidez devido ao feriado de Independência nos EUA, que deixou os mercados de Treasuries fechados.

O dólar avançou frente a moedas como o iene e o franco suíço, apoiado pela busca defensiva por ativos de segurança. Ao mesmo tempo, as bolsas asiáticas oscilaram próximas da estabilidade, refletindo o equilíbrio entre a alta do ouro e do petróleo, diante das tensões geopolíticas latentes no Oriente Médio e da expectativa sobre dados econômicos dos EUA.

Já o Bitcoin avançou para os US$ 109.000 apoiado pelo ambiente macro favorável e pela expectativa de cortes de juros pelo Fed.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu de 4,2% para 4,1% em junho, reforçando a resiliência da economia americana. O dado, positivo para o mercado acionário e o crescimento, também diminuiu a urgência para cortes de juros por parte do Federal Reserve. Como consequência, a probabilidade de não haver corte antes de outubro saltou de 6% para 23%, segundo o mercado de derivativos.

Apesar do adiamento nas expectativas de estímulos monetários, o apetite por ativos de risco se mantém elevado — especialmente no setor de criptoativos. Dados recentes mostram fortes entradas em ETFs de moedas digitais, com US$ 602 milhões em Bitcoin, US$ 149 milhões em Ethereum e US$ 11 milhões em Solana apenas no segundo dia de negociação do fundo.

"Esse fluxo institucional contínuo confirma que o sentimento de risco permanece sólido, mesmo com o Bitcoin se aproximando das máximas históricas", afirmou Valentin Fournier, analista-chefe da BRN.

Por outro lado, a dominância do Bitcoin subiu para 64,6%, um patamar historicamente associado ao início de ciclos de valorização de altcoins. Caso o BTC consolide próximo aos níveis atuais, analistas acreditam em uma possível “altseason” nos próximos dias.

"Mantemos uma exposição elevada e uma leve inclinação para altcoins que ainda não acompanharam a alta do Bitcoin", explicou Fournier."Esperamos um fim de semana de baixa volatilidade, a menos que surjam novos eventos macroeconômicos ou geopolíticos."

Segundo a estratégia divulgada pela BRN, o portfólio está posicionado da seguinte forma:

  • 10% em caixa, para entradas oportunistas

  • 65% em Bitcoin, como ativo principal e mais resiliente

  • 15% em Ethereum, com alocação aumentada após forte fluxo institucional

  • 10% em Solana, considerada uma altcoin com alto potencial de recuperação

"O cenário atual combina fundamentos macroeconômicos sólidos, grande entrada institucional e ativos digitais próximos de níveis decisivos", concluiu o analista. "Estamos posicionados para aproveitar uma nova perna de alta."

Bitcoin análise técnica

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, alerta que se o Bitcoin atingir US$ 113 mil, mais de US$ 5 bilhões em posições em short estarão posicionadas para potencial liquidação.

“Isso indica que as resistência acima de US$ 110 mil são fortes e podem impedir um movimento de alta do BTC no curto prazo”, afirmou
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Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, também emite um alerta, segundo ele, se o BTC enfrentar uma correção e fechar abaixo de seu suporte em US$ 108.355, ele poderá estender a queda e testar novamente o limite inferior da zona de consolidação em US$ 105.333.

“O final de semana deve ser dominado pelos ursos mas sem um viés de queda além do suporte de US$ 104 mil, não há qualquer catalisador para isso”, afirma.

Guilherme Prado, country manager da Bitget, aponta que a proposta do “BITCOIN Act”, nos Estados Unidos, que prevê a alocação de US$ 100 bilhões em compras de Bitcoin, aumentou o otimismo e contribuiu para a recente alta até US$ 110 mil.

Além disso, o M2 global — indicador que mede a oferta monetária agregada, incluindo dinheiro em circulação e depósitos de curto prazo — alcançou um recorde de US$ 55,48 trilhões. Esse aumento reflete maior liquidez nos mercados e tende a favorecer ativos de risco como o Bitcoin, sobretudo em um contexto de enfraquecimento do dólar.

ETFs de Bitcoin continuam recebendo aportes significativos, reforçando a demanda institucional e reduzindo a oferta disponível em exchanges, o que pode gerar um “supply shock” e sustentar a tendência de alta.

Quando olhamos para o lado gráfico no curto prazo, vemos uma forte concentração de ordens de compra entre US$ 106.500 e US$ 107.300, atuando como suporte imediato. Resistências relevantes estão entre US$ 109.000 e US$ 112.000, com liquidez significativa acima desse patamar, sugerindo que um rompimento pode levar a novos topos históricos.O Bitcoin está consolidando próximo ao topo histórico, com indicadores técnicos majoritariamente positivos. O RSI sugere espaço para mais alta antes de entrar em sobrecompra. Caso o preço se mantenha acima de US$ 108.500, há potencial para buscar a região de US$ 117.000 no curto prazo. Um fechamento semanal acima de US$ 109.300 pode “destravar” o ativo para novos recordes.

No entanto, ele alerta que apesar do cenário otimista, a proximidade de resistências históricas e a volatilidade esperada com dados macroeconômicos dos EUA exigem cautela.

Para Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, destaca que se houver continuidade da alta, as próximas resistências de curto e médio prazo estão nas faixas de preço de US$ 111.200 e US$ 112.200.

“Os suportes estão nas áreas de valor dos US$ 104.000 e US$ 101.475.
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Apetite por criptomoedas em alta

Um relatório da Binance apontou que o apetite do mercado público por ativos digitais está em expansão, embora com desempenho misto entre os diferentes segmentos. Investidores que estão entrando agora no ciclo têm, pela primeira vez, contato com narrativas de criptoativos em ações listadas.

Além disso, estratégias tradicionais de tesouraria com Bitcoin continuam mais resilientes, enquanto emissores de stablecoins e empresas de negociação têm mostrado força relativa. Em contrapartida, mineradoras e companhias de hardware ainda operam abaixo de seus picos, evidenciando que, embora as narrativas ajudem no curto prazo, a criação de valor real exige modelos de negócios sustentáveis.

Outro destaque no relatório é o avanço das stablecoins, que ultrapassaram pela primeira vez a marca de US$ 250 bilhões em oferta. O volume transacionado on-chain foi US$ 7,5 trilhões superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

O marco coincide com a aprovação do GENIUS Act no Senado dos EUA, que renovou o otimismo de investidores e empresas quanto à possibilidade de um ambiente regulatório mais claro e favorável à adoção institucional e ao uso de meios de pagamento. As stablecoins se consolidam como a principal ponte entre o universo cripto e o mercado tradicional.

Além disso, a participação das exchanges descentralizadas (DEX) no volume de negociações spot alcançou um recorde histórico de 27,9% em junho. O destaque foi a PancakeSwap, que ampliou sua fatia de mercado de 16% em abril para 42% em junho, impulsionada pela atualização Infinity, que tornou as operações mais rápidas, baratas e eficientes.

Cenário perfeito

José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, aponta que os avanços regulatórios recentes nos Estados Unidos, com a aprovação do STABLE Act, o avanço do GENIUS Act, o lançamento de novos ETFs e a SEC cada vez mais comprometida com as criptos, criam um ambiente jurídico mais claro e favorável para o crescimento do mercado. Com esse novo cenário institucional, aliado ao enfraquecimento da guerra tarifária e à entrada de capital via ETFs (US$3,75 bilhões desde 12 de junho), vemos uma conjuntura que favorece a retomada do otimismo e da alocação em ativos digitais. 

Se as condições macroeconômicas permanecerem relativamente estáveis e a liquidez global continuar se expandindo, projetamos um cenário em que o mercado pode não apenas retomar o topo de 2024, mas alcançar uma capitalização total próxima a US$ 4 trilhões ainda em 2025.

Além disso ele aponta que mesmo com cortes de juros cada vez menos prováveis antes do último trimestre deste ano e instabilidades globais, o BTC tem se sustentado e vem acumulando força para novos movimentos expressivos. Vale notar que, mesmo nessa conjuntura, o índice S&P500 bateu novas máximas na semana.

Segundo ele, embora o recém anunciado pacote de estímulos do governo Trump possa pressionar a inflação e manter o custo do dinheiro elevado, o Bitcoin se beneficia como proteção contra a desvalorização do dólar. 

Destaco, por fim, que a SEC reforçou sua nova postura mais aberta às criptomoedas ao aprovar a transformação do fundo da Grayscale em um ETF que reúne BTC, ETH, XRP, SOL e ADA, um produto regulamentado que facilita o investimento nessas moedas digitais de uma só vez. Ontem, 2 de julho, estreiou também o REX-Osprey Solana Staking ETF, que funciona como uma “poupança cripto” ao pagar “juros” em Solana automaticamente, sem exigir do investidor qualquer conhecimento técnico em staking.

Para o analista, isso é altamente relevante, pois mostra que a SEC está realmente abrindo caminho para a adoção em massa das criptomoedas. Com o ETF multiativo, você diversifica suas aplicações em vários tokens de uma vez só, dispensando processos complexos em diferentes plataformas. E o ETF de staking transforma seus criptoativos em fonte de renda previsível, semelhante ao rendimento bancário, mas com taxas geralmente mais atrativas.

Além disso, a autoridade sinaliza que esse é só o começo: espera-se uma avalanche de novos produtos, ampliando ainda mais as opções para investidores de todos os perfis no principal mercado do mundo. Esse ambiente regulatório cada vez mais amigável deve trazer mais confiança e capital, consolidando ainda mais as criptomoedas como uma classe de ativos robusta, diversificada e preparada para o longo prazo.", finaliza.

Portanto, o preço do Bitcoin em 04 de julho de 2025 é de R$ 592.470,13. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 04 de julho de 2025, são: Pudgy Penguins (PENGU), WhiteBIT Coin (WBT) e Tron (TRX) com altas de 2,5%, 1,6% e 1% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 04 de julho de 2025, são: Pepe (PEPE), Jupter (JUP) e Worldcoin (WLD) todos com quedas de -7%, 6,8% e 6% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão