O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta segunda-feira, 30/06/2025, está cotado em R$ 594.475,95. Os touros tentaram romper com US$ 108 mil na madrugada, mas não tiveram sucesso, com o preço recuando para US$ 107 mil e sinalizando uma leve correção de curto prazo.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, aponta que os mercados asiáticos começam a semana em alta acompanhando o otimismo vindo de Wall Street, impulsionado por fortes ganhos em ações de tecnologia como Nvidia, Alphabet e Amazon, que levaram os futuros do S&P 500 a novas máximas.

O dólar recuou em meio a preocupações com crescimento e déficits fiscais, favorecendo moedas como euro e libra, e os rendimentos dos Treasuries ficaram estáveis. O petróleo caiu juntamente com o ouro, refletindo maior apetite por risco, o que também sustentou o Bitcoin, que opera entre US$ 107.000 e US$ 108.000, beneficiado pela liquidez global e pela busca de diversificação em meio ao otimismo nos mercados de tecnologia.

“A expectativa no curto prazo é modestamente positiva, com o fortalecimento do sentimento de risco, queda do dólar e aumento da liquidez global, espera-se que o ativo mantenha seu pace de alta à medida que investidores buscam diversificação em meio ao otimismo nos mercados de tecnologia, embora estejam atentos aos dados de emprego dos EUA que podem alterar rapidamente o cenário”, disse.

BTC em alta, altcoins sem força

De acordo com um relatório da Binance, mesmo com o "efeito riqueza" gerado pelo rali do Bitcoin, a tão esperada "altseason" continua sem se concretizar. O relatório aponta que a fragmentação excessiva do mercado de altcoins pode estar dificultando esse movimento.

Nos últimos três anos, o número de tokens únicos em oito das principais blockchains aumentou quase dez vezes, diluindo a entrada de capital e dificultando movimentos coordenados de valorização. Além disso, não há um tema dominante ou inovador como os vistos em ciclos anteriores, como ICOs (2016-2018) ou DeFi (2019-2022).

Apesar do crescimento de tendências como memecoins, BitcoinFi e DePIN, essas inovações são vistas como extensões de ideias anteriores. A inteligência artificial, embora em alta fora do setor, ainda não gerou disrupção significativa dentro do universo cripto.

O relatório da Binance aponta também que a recuperação do BTC e o otimismo em relação aos mercados globais, a perspectiva de curto prazo se mantém positiva. No entanto, o futuro das altcoins depende de um catalisador claro — seja tecnológico ou regulatório. Enquanto isso, o Bitcoin se consolida cada vez mais como um ativo macro mainstream, atraindo tanto investidores tradicionais quanto novos entrantes.

O mercado agora observa com atenção as próximas falas de Powell, os indicadores de inflação e emprego, além dos desdobramentos geopolíticos. E, claro, espera — ainda sem sucesso — o início de um ciclo robusto para as altcoins.

Bitcoin análise técnica

Guilherme Prado, country manager da Bitget, aponta que o Bitcoin está em consolidação perto da zona de oferta, com viés levemente otimista, sustentado pelo enfraquecimento do dólar e entradas institucionais. Para retomar a alta, é necessário romper com volume a resistência de US$ 108.200, podendo chegar a US$ 111.000 se o momentum se fortalecer.

Caso o ativo perca o suporte de US$ 107.000, o BTC pode buscar US$ 105.500–104.800, regiões reforçadas por médias móveis e indicadores de tendência”, apontou.

O RSI sugere que o ativo está em zona neutra, sem sobrecompra, mas com sinais de enfraquecimento do momentum, exigindo cautela para movimentos bruscos. O mapa de liquidez indica forte concentração de ordens entre US$ 108.000–110.000, o que pode gerar rejeição ou forte volatilidade nessa faixa.

A volatilidade tende a aumentar devido ao vencimento de opções em 27 de junho (hoje), o que pode acirrar a disputa entre compradores e vendedores”, disse.

O analista da CryptoQuant, Axel Adler Jr, aponta que desde 13 de abril, o limite realizado do grupo de 0 a 1 mês aumentou em US$ 66 bilhões - um sinal de realização ativa de lucro por compradores recentes.

No entanto, o BTC está se mantendo em uma faixa estreita, pois suas vendas (≈720.000 BTC) estão sendo absorvidas por novos compradores.

Diante dos fatos, Valentin Fournier, analista-chefe da BRN, destacou que a empresa mantém 70% da carteira em BTC, 12% em ETH, 10% em SOL e 8% em caixa — este último reservado para movimentações táticas. A escolha por manter elevada exposição ao Bitcoin se justifica pelo “interesse institucional implacável”, conforme definiu Fournier.

“Não vemos, por ora, um gatilho para uma disparada explosiva do BTC. Mas o fluxo constante de demanda institucional e corporativa cria um piso muito sólido”, explicou.

Para o analista, o momento favorece quem permanece posicionado. “A fase é de acumulação estratégica, com oportunidades concentradas em ativos de alta beta, como as altcoins. Estamos posicionados para capturar essa assimetria”, concluiu.

Bitcoin forte impulsona altcoins

Já Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que os sinais técnicos e o comportamento histórico do ativo reforçam o cenário otimista, principalmente diante da contínua demanda por ETFs e da redução de incertezas no campo geopolítico.

Com alta de 3,56% no mês, o Bitcoin se estabilizou acima de US$ 107 mil após ter atingido sua máxima histórica de US$ 111.980 em 22 de maio. Historicamente, julho costuma ser um período de ganhos para o ativo digital. Dados do Coinglass mostram que, desde 2013, o retorno médio do BTC no mês de julho é de 7,56%.

“Se os fluxos nos ETFs se mantiverem fortes e as tensões geopolíticas continuarem a recuar, há espaço para o Bitcoin buscar novas máximas históricas em julho”, disse Paulo Aragão.

Para ele, o ambiente macro atual favorece ativos escassos como o BTC, especialmente diante de um possível corte de juros nos EUA ainda este ano.

Na análise gráfica, o analista Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, destaca que o Índice de Força Relativa (RSI) está em 56, acima do nível neutro de 50, o que indica pressão compradora em crescimento. Além disso, o indicador MACD registrou cruzamento de alta na última quinta-feira, reforçando o viés positivo no curto prazo.

“O Bitcoin vem demonstrando força. Se romper com firmeza os US$ 112 mil, o próximo alvo está em US$ 120 mil com a formação de uma cruz dourada.No entanto, o mercado ainda exige cautela. Caso o BTC enfrente alguma correção nos próximos dias, o suporte mais relevante se encontra na Média Móvel Exponencial (MME) de 50 dias, em torno de US$ 104.126”, disse.
Criptomoedas, Preço do Bitcoin

Portanto, o preço do Bitcoin em 30 de junho de 2025 é de R$ 594.475,95. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 30 de junho de 2025, são: Arbitrum (ARB), Optimism (OP) e Pepe (PEPE) com altas de 15%, 4% e 3% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 30 de junho de 2025, são:Kaia (KAIA), Pi Network (PI) e Mantle (MNT) com quedas de -6%, -5,6% e -5,4% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão