A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta terça-feira, 10/06/2025, em R$ 613.661,48. Os touros estão animados em busca de uma nova máxima histórica para o BTC e, com a alta, de quase 3%, eles querem romper com US$ 110 mil ainda hoje.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados globais iniciam o dia com otimismo cauteloso, aguardando os resultados das negociações comerciais entre EUA e China em Londres, impulsionados por comentários positivos de Trump e de outros membros da equipe econômica.

O dólar ensaiou recuperação frente ao iene, e os rendimentos dos títulos japoneses caíram, refletindo confiança no diálogo. O petróleo permaneceu em alta, enquanto o ouro recuou 0,5% com menor busca por segurança.

“O Bitcoin retomou seu movimento de alta, beneficiado pelos sinais de apetite por risco. A tendência no curto prazo e otimista e tende a permanecer caso resultados positivos quanto as negociações entre EUA e China sejam divulgados otimista, acompanhando a divulgação de novos resultados sobre as negociações entre EUA e China”, disse.

Além disso, a semana passada terminou com um dado preocupante: os ETFs de criptomoedas registraram um saque líquido de US$ 131 milhões, enquanto a Strategy, empresa de Michael Saylor, comprou apenas US$ 110 milhões em Bitcoin. A leitura inicial apontava um sinal de que as instituições estariam reduzindo exposição, ao mesmo tempo em que os investidores de varejo começavam a voltar.

No entanto, esse movimento parece ter sido passageiro. Na segunda-feira (10), os ETFs voltaram a registrar fortes entradas, liderados pelo Bitcoin.

“Vimos US$ 386 milhões de entrada líquida em Bitcoin em apenas um dia, uma recuperação expressiva após a saída registrada na semana anterior. Ethereum também teve entrada positiva, mas bem menor, de US$ 11 milhões, o que pode sinalizar uma perda de força institucional no ativo”, afirmou Valentin Fournier, analista-chefe da BRN.

A reação do mercado veio rápido. Com o retorno do fluxo, o valor de mercado global das criptomoedas subiu 6,2%, alcançando US$ 3,41 trilhões. O Bitcoin disparou 6,4%, sendo negociado a US$ 109.600, enquanto o Ethereum avançou 8,8%, para US$ 2.680. O Solana também acompanhou o movimento e subiu 7,5%, chegando a US$ 158.

“A dominância do Bitcoin caiu ligeiramente conforme nos aproximamos da resistência de US$ 110 mil. Isso pode indicar certa hesitação, mas o retorno combinado de investidores institucionais e de varejo deve sustentar uma possível quebra dessa resistência”, explicou Fournier.

Bitcoin análise técnica

Fournier afirmou que a BRN aumentou sua exposição ao mercado e passou a dar mais peso para altcoins no curto prazo.

“A correção parece ter terminado, e vemos um retorno claro ao apetite por risco”, disse. “Estamos reposicionados: reduzimos caixa para 15%, mantivemos Bitcoin como principal posição com 60%, aumentamos levemente Ethereum para 15% e voltamos ao Solana com 10%.”

Segundo o analista, o momento é otimista, mas ainda requer cautela técnica.

“Estamos atentos à confirmação de rompimento dos níveis atuais. Se isso ocorrer, o Bitcoin pode iniciar um novo ciclo de alta já nas próximas semanas”, concluiu.

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, aponta que após a alta o preço agora está subindo a partir da zona de reteste e tem como alvo a região de US$ 120.000.

Esta força renovada baseia-se no rompimento do padrão triangular de vários meses. Um aumento em direção à banda de resistência superior parece cada vez mais provável se o impulso se mantiver. No entanto um rebote para US$ 105 mil não pode ser descartado”, afirmou.

Retomada do movimento de alta

Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, afirma que após o preço do Bitcoin atingir a mínima de US$ 100.372 no dia 05 de junho, a principal criptomoeda do mercado retomou a alta e atingiu no último domingo (08) a máxima de US$ 106.488, ou seja, uma valorização de +6% entre os valores.

“Ao analisar o fluxo, podemos observar que durante a queda do dia 05, entrou um alto volume financeiro, o que sugere a continuidade de alta até as resistências de curto e médio prazo dos US$ 107.300 e US$ 109.030. No entanto, se entrar fluxo vendedor revertendo o movimento, os suportes de curto e médio prazo estão nas faixas de preços de US$ 104.780 e US$ 101.900”, disse.
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Atenção para uma realização de lucros

Isac Honorato, CEO do Cointimes, aponta que o Bitcoin voltou a ganhar força e já flerta com uma nova máxima histórica, mas o que parece uma escalada tranquila esconde uma dinâmica de risco elevada. O rompimento da estrutura de baixa e a confirmação acima da média de 200 períodos são sinais técnicos relevantes — mas há uma camada menos visível que merece atenção: o mercado está altamente alavancado.

“Estamos vendo o preço subir junto com o Open Interest, o que indica uma grande concentração de apostas alavancadas. Isso aumenta a probabilidade de um movimento de liquidação em massa, com stop hunts nos dois sentidos”, explica Isac Honorato.

Segundo ele, apesar da aparência otimista nos gráficos, o comportamento on-chain reforça a cautela. Os holders de longo prazo estão absorvendo os BTCs dos investidores de curto prazo — um padrão que também foi observado antes do grande rali de 2020.

“É como um cabo de guerra: de um lado, uma base sólida segurando o ativo; do outro, traders alavancados e vulneráveis a qualquer oscilação. Nesse cenário, o mercado pode fazer um movimento brusco só para eliminar as ordens penduradas e depois seguir sua real direção”, destaca Isac.

Para o analista, o momento atual pode ser o gatilho para uma nova máxima, mas também carrega risco de correção rápida. Com o RSI esticado e o volume spot em queda, qualquer faísca — seja macro, técnica ou on-chain — pode catalisar uma virada abrupta.

“Esse não é momento para heróis. É hora de disciplina, não de euforia. O alvo técnico está entre US$ 111 mil e US$ 120 mil, mas o preço pode escorregar com facilidade se perder o controle entre US$ 105k e US$ 108k. Os próximos candles vão definir quem sobrevive ao campo minado”, conclui.

MME do Bitcoin

O analista e fundador da Outset PR, Mike Ermolaev, aponta que o preço do Bitcoin testou novamente e encontrou suporte em torno de sua Média Móvel Exponencial (MME) de 50 dias, em US$ 101.977, na sexta-feira, recuperando-se acentuadamente nos três dias seguintes. O BTC fechou acima de seu principal nível de resistência de US$ 106.406 na segunda-feira. No momento da redação deste texto, na terça-feira, ele estava em torno de US$ 109.000.

Segundo ele, se o BTC continuar sua tendência de alta, ele poderá estender a alta e testar novamente sua máxima histórica de US$ 111.980, atingida em 22 de maio. 

O Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico diário marca 61, acima de seu nível neutro de 50, indicando forte momentum de alta. Além disso, o indicador MACD no gráfico diário está prestes a realizar um cruzamento de alta. Se o MACD gerar esse cruzamento de alta, isso fornecerá um sinal de compra. Se o recuo atual se intensificar, o BTC poderá estender o declínio para testar novamente seu nível de suporte diário em US$ 106.406”, disse.

Já Guilherme Prado, country manager BR da Bitget, aponta que esse movimento de alta é reforçado por um cenário estrutural onde os investidores institucionais continuam a acumular BTC de forma agressiva. ETFs e tesourarias corporativas são os principais motores de compra, indicando um clássico ciclo de distribuição de varejo para acumulação institucional.

Tecnicamente, se o BTC se mantiver acima de US$ 106.500/US$ 108.000, a alta deve continuar, mirando US$ 110.000 e US$ 112.000. Um rompimento de US$ 115.787 pode levar a um "short squeeze" e novas máximas. No entanto, a perda do suporte em US$ 106.500 pode gerar correções.O mercado está em um ponto de decisão, e um rompimento claro pode impulsionar o Bitcoin a novos recordes históricos”. afirmou.

Portanto, o preço do Bitcoin em 10 de junho de 2025 é de R$ 613.661,48. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 10 de junho de 2025, são: Aave (AAVE), Fartcoin (FARTCOIN) e dogwithat (WIF) com altas de 16%, 14% e 13% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 10 de junho de 2025, são: Leo Token (LEO), Internet Computer (ICP) e Monero (XMR), com quedas de -3%, -1% e -0,9% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão