A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta sexta-feira, 06/06/2025, em R$ 587.212,09. Os ursos conseguiram derrubar o preço do BTC para US$ 101 mil, muito perto do suporte de US$ 100 mil que os touros buscam defender para evitar uma inversão de tendência.
Bitcoin análise macroeconômica
O confronto público entre Elon Musk e Donald Trump mergulhou o mercado de criptomoedas em um cenário de incerteza e vendas forçadas. Embora os mercados tradicionais tenham oscilado levemente para baixo, com queda de 0,5%, o setor cripto sofreu um golpe direto. Mais de US$ 830 milhões em posições alavancadas foram liquidadas em menos de 24 horas, à medida que investidores buscaram proteção diante da tensão política e da deterioração do sentimento institucional.
Dados recentes de fundos negociados em bolsa (ETFs) reforçam o momento negativo. Os ETFs de Bitcoin registraram uma saída de US$ 278 milhões, completando três dias consecutivos de resgates. Já o Ethereum conseguiu manter uma entrada modesta de US$ 11 milhões, mas esteve perto de reverter sua sequência positiva. O volume reduzido indica que grandes gestores estão se afastando dos ativos digitais em busca de previsibilidade, o que acende um alerta sobre o apoio institucional.
“A deterioração é clara. O apoio das grandes instituições está recuando e, sem uma mudança concreta na política fiscal ou avanços nas negociações comerciais entre Estados Unidos, China e União Europeia, não esperamos uma reversão no curto prazo”, afirma Valentin Fournier, analista-chefe da BRN.
O preço do Bitcoin caiu para US$ 100.500 antes de recuperar parcialmente e fechar em torno de US$ 103.000, uma baixa de 1,2%. O Ethereum sofreu ainda mais, recuando 5,5% para US$ 2.460. Solana também não escapou da pressão, com perda de 3,3%, encerrando o dia a US$ 147. A liquidação forçada de posições expôs o grau de vulnerabilidade do mercado diante de ruídos políticos, mesmo quando os fundamentos técnicos indicavam estabilidade relativa.
Segundo Fournier, mesmo após a reação de curto prazo, o mercado permanece fragilizado. “A confiança está abalada, os fluxos institucionais estão secando e o varejo não está disposto a entrar nesses níveis de preço. O processo de desalavancagem na faixa dos US$ 100 mil a US$ 105 mil pode reduzir a volatilidade no fim de semana, mas o viés segue negativo”, explica.
Bitcoin análise técnica
Para o analista, uma recuperação sustentável dependerá de algum catalisador macroeconômico ou político que devolva otimismo aos investidores. “Mantemos uma postura cautelosa, com baixa exposição. Qualquer movimento de alta será limitado se não houver uma mudança real no cenário”, conclui.
A postura da BRN acompanha esse diagnóstico. A empresa mantém metade do portfólio em caixa, com posições reduzidas em Bitcoin e Ethereum. Solana foi praticamente retirada da carteira. O conflito entre Trump e Musk, que começou com críticas ao orçamento e evoluiu para acusações públicas, colocou em evidência o risco que relações políticas instáveis representam para o ecossistema cripto. O mercado agora aguarda, com cautela, os próximos capítulos dessa disputa bilionária.
O mercado de criptomoedas começou o dia em tom negativo, com o Bitcoin retomando movimento de baixa e desenhando uma estrutura clássica de cinco ondas, sinalizando uma correção mais ampla em andamento. Para o analista técnico Gregor Horvat, esse padrão confirma que o mercado entrou em uma fase de retração de grau superior, com potencial para testar zonas mais profundas de suporte antes que a tendência de alta retorne com força.
“Agora que vemos claramente cinco ondas para baixo no gráfico do Bitcoin, podemos esperar uma correção ABC maior, que pode levar o preço para a região de US$ 97 mil a US$ 93 mil”, destacou Horvat. No total do mercado cripto, representado pelo gráfico do Crypto TOTAL, a zona de suporte entre US$ 2,8 trilhões e US$ 3 trilhões pode ser retestada antes que os compradores voltem a ter controle da tendência.
No entanto, apesar da pressão sobre o Bitcoin, o analista enxerga espaço para uma recuperação temporária de curto prazo. “Podemos estar entrando na onda B dessa correção, o que pode trazer algum fôlego para altcoins, especialmente se considerarmos o fortalecimento da dominância dos ativos alternativos em relação ao BTC”, explicou.
Para onde vai o Bitcoin agora
Horvat analisa a relação entre o valor de mercado das altcoins (TOTAL3) e o Bitcoin (TOTAL3ESBTC) e vê sinais de reversão nessa dinâmica. Segundo ele, o gráfico indica o final da subonda C da correção (Y) em curso, o que pode preparar o terreno para uma nova onda C de alta — cenário semelhante ao início da altseason de 2021.
“Altcoins podem começar a superar o desempenho do Bitcoin em breve, caso essa leitura técnica se confirme”, afirma. “O momento atual lembra muito o início de ciclos altistas anteriores, quando os investidores buscam retornos mais agressivos fora do BTC principal.”
Na visão do analista, mesmo em um ambiente corretivo para o Bitcoin, o mercado mantém sua estrutura técnica intacta. “Enquanto o suporte entre 93 mil e 97 mil for respeitado, o cenário de longo prazo ainda é positivo. Mas é preciso paciência: a correção pode durar mais do que muitos esperam.”
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que o mercado agora entra em um período de transição delicado, com traders de olho na força da recuperação da onda B e no desempenho relativo das altcoins. Caso se confirme o novo ciclo altista, a próxima fase do mercado pode apresentar oportunidades relevantes para ativos de menor capitalização.
A recuperação do Bitcoin se aproxima de 1,50% ignorando a queda repentina de 3% da noite passada. Com uma vela de alta se elevando acima da Média Móvel Exponencial (MME) de 50 dias em US$ 100.908, o Bitcoin ressurge acima da zona de US$ 102.500, que atuou como uma zona de suporte crucial em maio.
As persistentes falhas de alta em sustentar uma tendência de alta acima de US$ 102.500 formaram um padrão de cabeça e ombros no gráfico diário compartilhado abaixo. A recuperação do Bitcoin no dia visa invalidar o padrão se o BTC fechar acima da zona.No entanto, os indicadores de momentum sinalizam risco de baixa, já que a Convergência/Divergência da Média Móvel (MACD) mostra uma tendência de baixa com as linhas médias se aproximando da linha central. Além disso, o RSI em 46 dispara em direção à linha intermediária após a queda recente, sinalizando um declínio geral no momentum de alta.Se o preço de fechamento do Bitcoin se mantiver acima da marca de US$ 103.000, isso marcará uma armadilha para ursos, resultando em uma alta em direção à máxima histórica de US$ 111.980”, disse.
Já Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, aponta que o Bitcoin capturou uma boa liquidez na base dos US$ 102 mil e conseguiu voltar para cima dos US$ 103 mil.
“Houve uma quantidade grande de stops e de captura de liquidez nessa zona, então acredito que, a partir de agora, o mercado está se mantendo acima desse preço, como ele já deu uma limpada no book, já tirou a galera que estava muito alavancada, ele volta a subir novamente. O BTC não pode perder os US$ 100 mil , ele tem que se manter acima desses US$ 102 mil, US$ 103 mil e aí nós acreditamos que em breve veremos ele lá no US$ 120 mil, US$ 124 mil”, disse.
Portanto, o preço do Bitcoin em 06 de junho de 2025 é de R$ 587.212,09Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC..
As criptomoedas com maior alta no dia 06 de junho de 2025, são: Fartcoin (FARTCOIN), Tron (TRX) e Kaspa (KAS), com altas de 19%, 2% e 1% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 06 de junho de 2025, são: Official Trump (TRUMP), Jupiter (JUP) e Stacks (STX), com quedas de -10%, -9% e -7% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão