O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta terça-feira, 16/09/2025, está cotado em R$ 614.225,62. Os touros estão ansiosos aguardando uma redução na taxa de juros dos EUA e com isso o BTC está preso em US$ 115 mil esperando esse movimento para tentar romper com US$ 118 mil e US$ 120 mil.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados asiáticos renovaram máximas de vários anos, impulsionados pelas apostas de que o Federal Reserve retomará seu ciclo de cortes de juros nesta semana, com um corte de 25 pontos-base já totalmente precificado e o mercado projetando mais de 120 pontos-base de cortes até meados de 2026, o que aumenta o risco de decepção caso o Fed adote uma postura mais cautelosa.
Segundo ele, investidores também acompanharam as tensões comerciais entre China e Estados Unidos, envolvendo empresas como Nvidia e TikTok, mas que não foram suficientes para impedir o otimismo generalizado.
O dólar segue fraco, especialmente frente à libra e ao dólar australiano, enquanto os rendimentos dos Treasuries recuaram levemente. O ouro também renovou recordes, sustentado pela fraqueza do dólar e pela expectativa dovish do Fed, enquanto o Bitcoin manteve-se em torno de US$ 115.000, com expectativa de curto prazo tendendo a ser neutra a levemente positiva.
A valorização dos ativos asiáticos, o enfraquecimento do dólar e a expectativa de corte de juros pelo Fed criam uma base favorável para que o BTC continue consolidando ou teste resistências na faixa de US$ 116.000–117.000. No entanto, como boa parte do otimismo já está precificada, o BTC pode enfrentar pressão caso o Fed adote um tom mais conservador do que o esperado. O discurso de Jerome Powell e a divulgação do dot plot serão decisivos para a próxima direção do mercado.”, disse.
FED: é tudo no seu nome
Yoandris Rives Rodriguez, gerente regional para América Latina na B2BINPAY, afirma que a previsão para a semana sugere volatilidade elevada nos ativos tradicionais com a proximidade da reunião do FOMC nos EUA, em 17 de setembro, tornando este um momento oportuno para buscar qualidade, eficiência operacional e aprimorar a performance de portfólios misto.
Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank, afirma que a expectativa em torno da decisão de política monetária do Federal Reserve, que será anunciada na próxima quarta-feira, 17 de setembro, domina o sentimento do mercado financeiro global. O consenso aponta para um corte na taxa de juros, atualmente entre 4,25% e 4,50% ao ano, movimento que tende a favorecer ativos de risco como criptomoedas, já que juros mais baixos estimulam o apetite por investimentos alternativos.
Segundo ela, essa perspectiva tem dado suporte à recente valorização do Bitcoin, que encerrou a semana cotado em torno de US$ 114.864, acumulando alta de 2,54% nos últimos sete dias.
No mercado de Bitcoin, podemos observar a força institucional com a entrada líquida de US$2,34 bilhões nos ETFs à vista nos Estados Unidos na última semana, segundo dados do Farside Investors. Apenas no dia 10 de setembro, foram adicionados 5.900 BTC, volume quase nove vezes superior à quantidade de novos bitcoins minerados no período. Esse movimento mostra que a demanda de investidores institucionais está absorvendo toda a nova oferta do ativo, impulsionando a valorização e consolidando o BTC acima do patamar de US$114.000. No Ethereum, os ETFs também apresentaram recuperação após um início de mês mais volátil, registrando fluxos positivos em alguns dias entre 9 e 12 de setembro, ainda que em menor intensidade.
A analista aponta ainda que outro ponto relevante foi a aprovação do primeiro ETF de Dogecoin pela SEC, marcando a entrada das memecoins no mercado regulado. Embora esse passo amplie o acesso de investidores a esse tipo de ativo, ele também acende um sinal de alerta.
Diferentemente de Bitcoin e Ethereum, que têm tecnologia e fundamentos que sustentam seu valor, as memecoins dependem sobretudo de narrativas e comunidades, o que as torna extremamente voláteis. Por isso, é fundamental que esse movimento venha acompanhado de uma discussão regulatória mais ampla, garantindo que investidores entendam os riscos envolvidos.
O índice de medo e ganância do mercado cripto encerrou a semana em 51 pontos, em território neutro, mostrando que os investidores estão cautelosos antes da decisão do Fed. O cenário para os próximos dias dependerá diretamente do anúncio do banco central americano, que poderá reforçar o viés de alta para os criptoativos caso confirme o corte de juros, ou gerar volatilidade se houver surpresa na condução da política monetária.
Bitcoin análise técnica
Guilherme Fais, Head de Finanças da NovaDAX, afirma que o BTC caiu após enfrentar rejeições repetidas na resistência de US$ 118,6 mil, um nível técnico relevante de Fibonacci.
Esse movimento reforçou a pressão vendedora, com o volume de negociação subindo 36% em 24h e o histograma do MACD virando negativo, sinalizando enfraquecimento do momentum. O suporte imediato está em US$ 114,2 mil, cuja perda poderia abrir espaço para recuo até US$ 112,9 mil, enquanto a defesa desse patamar pode permitir nova tentativa de recuperação rumo a US$ 117 mil.
Já Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, destaca que o mercado cripto iniciou a semana com postura estável, porém cautelosa, operando de forma lateralizada enquanto investidores aguardam decisões cruciais do Federal Reserve (reunião de 16 a 17 de setembro) e novos catalisadores macroeconômicos e regulatórios.
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Ele afirma que a maioria das altcoins apresenta leve correção, mas o setor permanece resiliente diante das expectativas de corte de juros e aprovações de ETFs. O Bitcoin consolidou-se na faixa dos US$114,8 mil, demonstrando força técnica e institucional – com os segmentos de infraestrutura, DeFi e Ethereum despontando como favoritos para as próximas semanas.
O momentum institucional segue firme: fundos tradicionais mantêm compras massivas de BTC e ETH, reforçando sua perspectiva como hedge inflacionário, especialmente diante do avanço dos ETFs na Europa e nos EUA. O Bitcoin continua dentro de um canal de consolidação, após testar o suporte em US$112.000 e mostrar força acima do pivô técnico de US$113.500. A resistência relevante encontra-se em US$116.000, sendo US$120.000 o próximo alvo significativo caso ocorra rompimento. O cenário, no entanto, pode se alterar rapidamente após as decisões do Fed e eventuais aprovações de ETFs, criando oportunidades para rallies expressivos até o final do mês.”, apontou.
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, afirma que ao analisar o fluxo é possível observar que a força compradora segue predominante no curto prazo, sugerindo a continuidade de alta até os próximos as faixas de preços dos US$ 120.000 e US$ 124.474.
Se houver entrada de fluxo vendedor, os suportes de curto e médio prazo estão nas áreas de valor dos US$ 108.300 e US$ 105.000.
Portanto, o preço do Bitcoin em 16 de setembro de 2025 é de R$ 614.225,62. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 16 de setembro de 2025, são: Immutable X (IMX), Monero (XMR) e Avalanche (AVAX), com altas de 12%, 7% e 6% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 16 de setembro de 2025, são: Worldcoin (WLD), Story (IP) e MemeCore (M), com quedas de -6%, -5% e -4% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.