Os hodlers de Bitcoin (BTC) podem precisar triplicar suas perdas on-chain para que o preço do BTC consolide o seu fundo no atual ciclo de baixa.

De acordo com a empresa de pesquisa de mercado Baro Virtual, o mercado de baixa de 2022 ainda não acumulou perdas suficientes para corresponder às tendências de baixa históricas do preço do BTC

Perdas do Bitcoin totalizam "apenas" US$ 671 milhões

Com os analistas prevendo um retorno a US$ 14.000 ou menos para o par BTC/USD, a questão de quando o Bitcoin chegará ao fundo é um dos tópicos mais quentes neste mês.

Para a Baro Virtual, que analisou dados da plataforma de análise on-chain Whalemap, trata-se de uma questão de aritmética simples.

Tomando os números de lucros e prejuízos (MPL) do Whalemap para transações de BTC on-chain, a Baro Virtual observou que, no passado, os fundos de preço do BTC ocorriam quando as perdas dessas transações eram iguais ou superiores aos lucros equivalentes na corrida de touros que as precedeu.

Em outras palavras, o prejuízo on-chain precisa ser igual ou superior aos ganhos on-chain da corrida de touros anterior. Caso contrário, na maioria dos casos, o Bitcoin ainda tem espaço para cair.

“O MPL mensal da Whalemap torna quase certo, na maioria dos casos, determinar o fundo global do $BTC”, escreveu Baro Virtual em comentários no Twitter publicados em 22 de novembro:

“A condição é que o nível de prejuízo atual seja igual ou superior ao nível máximo de lucro da corrida de touros anterior.”

As perdas realizadas atuais, portanto, não são grandes o suficiente para se adequar à tendência histórica de capitulação do Bitcoin, argumentou, deixando a porta aberta para mais quedas de preço do BTC.

Quanto aida é necessário cair, no entanto, indica que o fundo macro final para o Bitcoin está muito abaixo da mínima atual de US$ 15.480.

“Agora, as perdas realizadas somam US$ 671 milhões e o lucro máximo anterior é de US$ 1,3 bilhão a US$ 0,7 bilhão”, continuou o tópico ao lado de um gráfico anotado:

“Assim, ainda faltam perdas de US$ 629 milhões a US$ 1,029 bilhão para confirmar a capitulação completa.”
Gráfico anotado de lucros e prejuízos em movimento do Bitcoin (MPL). Fonte: Baro Virtual/ Twitter

BTC mira queda de 80%

Os dados complementam uma narrativa que também sugere que o mercado de baixa de 2022 ainda não rivalizou com os de 2014 e 2018 - anos que registraram os fundos de preço nos dois ciclos anteriores do halving do BItcoin.

Desde a última alta histórica registrada em novembro de 2021, o par BTC/USD caiu 77% até agora – menos do que nos mercados de baixa anteriores.

Os dados da empresa de análise on-chain Glassnode, no entanto, mostram como o Bitcoin está gradualmente se aproximando de um novo teste de perdas máximas contra máximas históricas.

Gráfico de quedas desde as máximas históricas do par BTC/USD. Fonte: Glassnode

Da mesma forma, a porcentagem do suprimento de BTC em circulação atualmente em lucro é quase, mas não totalmente, sinônimo de fundos de ciclo.

Gráfico do porcentual do suprimento de Bitcoin em lucro. Fonte: Glassnode

“O período da queda de 78% do Bitcoin desde o ano passado é o maior desde 2017-18 e, com 376 dias, é agora o segundo mais longo da história, perdendo apenas para o declínio de 410 dias em 2013-15”, observou Charlie Bilello, fundador e CEO da Compound Capital Advisors, esta semana.

As visões, pensamentos e opiniões expressas aqui são exclusivas dos autores e não necessariamente refletem ou representam as visões e opiniões do Cointelegraph.

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