Em meio ao avanço do Coronavírus em todo o mundo os mercados de capitais entraram em pânico com o medo dos desdobramentos das medidas adotadas por governos para impedir a disseminação do vírus. Fechamento de locais públicos, fronteiras e quarentena de pessoas tem feito economia desacelerar e levantou a possibilidade de uma nova recessão global. O impacto também foi sentido no mercado de criptoativos com o Bitcoin perdendo 50% de seu valor.

Antes da crise, o mercado institucional estava de olho no halving e de como o evento poderia impulsionar o preço do Bitcoin, também havia um interesse crescente sobre investimentos na nascente indústria de cannabis, porém, com  a intensificação dos problemas relacionados ao Coronavírus, investidores procurara ativos de segurança para preservar o valor do dinheiro em tempos de incerteza.

Mas, quem se saiu melhor, até o momento com esta crise? O Cointelegraph fez uma comparação entre sete fundos regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM) e que oferecem exposição a diferente tipos de ativos: Bitcoin, Ouro, Cannabis, Selic, Dólar e o Ibovespa, analisando o desempenho de cada um deles com a crise atual.

No caso do ouro foi selecionado o VITREO OURO FIC FIM e o ÓRAMA OURO FIM. Já para maconha o TREND CANNABIS FIM; em criptomoedas o BLP CRYPTO ASSETS FIM IE; para a o Tesouro foi o BTG PACTUAL DIGITAL TESOURO SELIC SIMPLES FI RF; para o Ibovespa o FIA IBOVESPA 157 e no caso do dólar o VOTORANTIM FIC FI CAMBIAL DOLAR.

Na comparação, usando dados do portal Meu Rendimento, o vencedor foi o fundo lastreado em Bitcoin e criptomoedas da BLP com 13,29% de rentabilidade no mês, seguido bem de perto pelo Dólar da Votorantim com 13,21%,em terceiro lugar o fundo baseado em ouro da Orama com 5,60%.

Entre os fundos com maior desvalorização no mês está o Ibovespa com 34.44% de desvalorização e o Trend Cannabis com 33,72%, ambos, no comparativo são os únicos fungos com resultado negativo ficando até mesmo abaixo do CDI que no mesmo período registrou resultado positivo de 0,24%.
 

Apesar dos resultados o mercado ainda guarda esperança de que a combinação de medicamentos anunciada por Donald Trump (hidroxicloroquina e azitromicina), possa realmente ser eficiente no combate aos sintomas do Coronavírus e ajude a restabelecer o comércio global e, com isso, evitar uma prolongamento da atual crise que pode jogar o mundo inteiro em um cenário devastador de desemprego.

Porém as expectativas mais otimistas alegam que, mesmo que a combinação de medicamentos seja eficiente e distribuída em larga escala entre os infectados, levará pelo menos 30 dias até que o mercado comece a reagir e, então 'eliminar' os sintomas da pandemia.

No caso das criptomoedas, depois de não conseguir superar a resistência de US$ 6.400 em 22 de março, os bulls do Bitcoin ( BTC ) passaram o restante do dia lutando para trazer o ativo digital de volta acima de US$ 6.000 e, no momento da escrita, obtiveram sucesso com o BTC sendo negociado em US$ 6200, com valorização de 2,33%.

Porém, como mostra o período de 4 horas, a partir do momento da escrita, o preço do Bitcoin caiu abaixo da linha de tendência ascendente e do nível de retração de Fibonacci de 38,2%. Atualmente, a zona de suporte de US $ 5.900 a US $ 5.800 está em espera, mas se o preço cair abaixo desse ponto, o Bitcoin poderá revisitar o suporte de US $ 5.400.