Dados da gestora Hashdex apontam que o Bitcoin (BTC) foi, com folga, o ativo com maior rentabilidade da década. Entre 2014 e 2023, o BTC saltou 7.880%, mesmo passando por duras quedas em 2014, 2018 e 2022. Na média anual, a maior criptomoeda em valor de mercado exibiu 59,9% positivos. O Ibovespa (IBOV) teve a pior performance entre os ativos analisados pela gestora.

Líder com folga

A lista da Hashdex analisou outros oito ativos além do Bitcoin, incluindo CDI, Ibovespa (IBOV), dólar e a renda fixa pré-fixada em cinco anos. Os assustadores 7.880% de crescimento do BTC são equivalentes às rentabilidades dos outros oito ativos somadas e multiplicadas por cinco.

O segundo colocado, o S&P 500, teve valorização de ‘apenas’ 381,5% no período de dez anos. A distância entre a rentabilidade do Bitcoin e o IMA-B, terceiro colocado, é ainda maior. IMA-B é o indicador formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA, e exibiu crescimento de 189,3% entre 2014 e 2023. O IBOV ficou com a última posição, com performance positiva de 102,8%.

Maiores rentabilidades da década para investidores brasileiros. Fonte: Hashdex e Quantum

Os dados da Hashdex salientam os diversos momentos nos quais o Bitcoin passou por duras quedas. Em 2014, o BTC ocupava a última colocação entre os ativos avaliados, com queda de 52%. Depois, entre 2015 e 2017, figurou em primeiro, com crescimentos de 101,8%, 91,9% e 1,365,5% respectivamente. 

Já em 2018, o BTC foi para a lanterna novamente, e voltou a dominar as valorizações entre 2019 e 2021. Essa movimentação de queda, seguida de forte valorização, foi identificada pela gestora como um sinal de consolidação do ativo. 

"Esse estudo reforça positivamente nossa tese de investimento de longo prazo em criptoativos. Estamos falando de uma tecnologia com potencial transformador do cenário financeiro global. A valorização dos criptoativos, em especial o Bitcoin e o Ethereum, são apenas reflexos naturais dessa evolução do mercado", comenta Samir Kerbage, CIO Global da Hashdex. "Estamos contentes em participar ativamente desta revolução e oferecer investimentos em criptoativos de forma simples, segura e regulada", acrescenta.

Parecendo Copa do Mundo

Analisar os ciclos do halving do Bitcoin é uma das mais famosas técnicas de investimento envolvendo o criptoativo. A tese defende que o BTC se comporta de forma semelhante dentro de ciclos de quatro anos, que acompanham os eventos de redução de recompensas por bloco minerado, chamado de halving.

Esse comportamento envolve uma valorização massiva no ano seguinte ao halving, seguida de uma forte correção. No período avaliado pela Hashdex, essa movimentação ocorre entre 2017 e 2018, após o halving de 2016, e entre 2021 e 2022, após o halving de 2020.

No mundo dos investimentos, a ocorrência de fatos no passado não garante sua repetição no futuro. Os ciclos do halving, porém, têm se comportado de forma semelhante há dez anos até agora.

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