O Bitcoin é frequentemente acusado pelos analistas tradicionais por ser um ativo que oscila demais e até bruscamente, frente aos demais ativos tradicionais que seguem linhas mais estáveis e previsíveis.
A falta de estabilidade nos valores do Bitcoin torna sua previsibilidade impossível, fazendo da vida dos analistas e grafistas um trabalho ingrato. Muito dessa dificuldade na previsibilidade do Bitcoin pela análise fundamentalista e dos grafistas tradicionais se deve pelo fato que estes usam instrumentos de previsão antiquados e que não estão alinhados aos preceitos de um ativo que só funciona em rede.
Seguindo essa linha de raciocínio, o analista Willy Woo, um famoso analista de criptoativos e que é um dos precursores da análise de valor baseada em rede, promoveu sua própria visão sobre o tema, esses dias em seu Twitter.
Woo seguiu a seguinte linha de raciocínio da proporcionalidade. Digamos que seja comprado um ativo que varia de US$ 1 a US$ 10.000. Em seguida, esse ativo cai 50% para US$ 5000, no caso esse ativo é o Bitcoin. Logo em seguida compare com um ativo no mesmo período que varie de US$ 1.100 a US$ 3.300 e este caia 31% para US$ 2.277, ativo em questão é o S&P 500.
Para Woo é preciso analisar esses ativos segundo uma ótica macro e não diária. Como se evidencia no gráfico abaixo:
Imagem: Willy Woo
Comparando a trajetória do Bitcoin frente aos ativos tradicionais nos últimos 10 anos, fica evidente que este não somente acompanhou a valorização macro, tanto do S&P 500, como do investimento em imóveis. No entanto, é importante destacar que o Bitcoin surgiu após a crise das hipotecas em 2008, onde bilhões evaporaram da noite para o dia.
Woo prossegue em sua análise e destaca o Retorno sobre o investimento (ROI) do Bitcoin e do ouro frente aos índices tradicionais.
Imagem: Willy Woo
No gráfico postado por Woo fica explícito que todos os ativos oscilaram pesadamente nos últimos 10 anos, com curvas de valorização e desvalorização frequentes. Logo, segundo Woo, como indicar qual desses ativos foram de fato portos seguros?
Esta é uma pergunta que demandará mais tempo, no que tange ao Bitcoin, visto que durante a atual crise, iniciada em março, ele não se comportou como a melhor opção de hedge para investimento. Mas algum ativo comportou-se assim de fato?