Um grupo de empresas e entidades da Bitcoin da América Latina emitiu uma carta conjunta expressando "preocupações mais profundas" com o SegWit2x.

A carta, assinada por cerca de 50 apoiantes do espaço Bitcoin brasileiro e argentino, saiu na quarta-feira no Medium.

A "oposição" coletiva ao próximo fork Bitcoin é o mais recente que vem da indústria, que já viu casas de câmbio e outros sinalizarem a condenação publicamente.

Na semana passada, o maior encontro de Bitcoin da Coreia do Sul divulgou uma declaração aberta semelhante, denunciando o SegWit2x.

"Nós acreditamos que os signatários do NYA têm as melhores intenções na tentativa de melhorar o protocolo do Bitcoin e também reconhecemos o serviço inestimável fornecido historicamente pelas empresas e pelos indivíduos talentosos associados ao S2X", diz a letra brasileiro-argentina.

"Estamos em profundo desacordo, no entanto, com os meios escolhidos para levar a cabo tal plano. E nisso reside toda a discórdia, a controvérsia, os debates febris e até o ressentimento para com alguns atores".

O grupo forneceu o que ele chama de uma lista "não exaustiva" de onze fatores que influenciam sua decisão, muitos dos quais coincidem com as razões dadas pela Coreia do Sul e casas de câmbio, confirmando que não apoiarão qualquer divisão da cadeia Bitcoin.

"Acreditamos que, mais cedo ou mais tarde, as atualizações no protocolo exigirão um hardfork", continua a carta.

"Com o devido planejamento e preparação, a rede pode coordenar suavemente para efetuar essas mudanças com chances mínimas de divisão e divisão de corrente. Isso, no entanto, requer tempo, educação e testes".

O Bitcoin caiu 8% na quarta-feira, já que o mercado pareceu corrigir os ganhos imprevisivelmente grandes da semana passada.