Principais pontos:
O Departamento do Trabalho dos EUA revisou a folha de pagamento para baixo em 911.000 empregos, o maior corte da história, sinalizando forte fraqueza no mercado de trabalho.
A revisão reforça as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve, mesmo com a inflação ainda elevada.
O Bitcoin pode repetir a alta do ouro e retomar o impulso em direção a novas máximas no quarto trimestre.
O Bitcoin (BTC) pode se beneficiar em termos de preço nas próximas semanas, já que o Departamento do Trabalho dos EUA apresentou a maior revisão de folha de pagamento da história, retirando 911.000 empregos dos dados anteriormente divulgados para os 12 meses encerrados em março de 2025. Isso equivale a uma média de 76.000 empregos superestimados por mês, oficialmente maior que a revisão de 2009 no auge da crise financeira global.
De acordo com a Kobeissi newsletter, as perdas se concentraram em categorias voltadas ao consumo, incluindo −176.000 empregos em Lazer e Hospitalidade e −226.000 em Comércio, Transporte e Serviços Públicos. A contratação total no setor privado foi superestimada em 880.000 empregos, uma escala de fraqueza não vista fora da Grande Depressão e da pandemia de COVID-19 em 2020.
As revisões se somam a uma tendência preocupante. No mês passado, os EUA cortaram 258.000 empregos dos relatórios de maio e junho. A revisão de ontem acrescentou mais 27.000, marcando a maior revisão líquida de dois meses da história moderna fora de 2020. Somado ao fraco ganho de 22.000 empregos em agosto, os dados praticamente consolidam um corte de juros pelo Federal Reserve na reunião da próxima semana.
O ouro já precificou e o Bitcoin pode ser o próximo
O ouro, tradicional reserva de valor, disparou 40% neste ano, com mineradoras de ouro quase dobrando os retornos, quase 10 vezes mais que o S&P 500. Os investidores há muito apostam que a fraqueza do mercado de trabalho forçaria o Fed a agir, apesar do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) central ter voltado a ficar acima de 3% e o crescimento se manter próximo de 3%.
Para o Bitcoin, as implicações podem ser ainda mais fortes. O estrategista da Bitwise, André Dragosch, resumiu em um post no X:
“O Fed ainda nem cortou os juros, e as pessoas ainda estão ignorando o gráfico #bitcoin vs. oferta monetária. As principais stablecoins em dólar já estão emitindo o mesmo sinal: a liquidez macro está se expandindo. Isso é positivo para o #Bitcoin.”
Bitcoin prospera em expansões de liquidez
Com a expectativa do Federal Reserve cortar as taxas em 25 pontos-base em oito dias, será o primeiro corte da história com a inflação ainda elevada, ações em máximas históricas e PIB forte. Essa combinação sinaliza uma coisa: o banco central está priorizando a fraqueza do trabalho em relação à inflação, criando um tom “dovish mas cauteloso”.
A vantagem continua clara para o Bitcoin. Assim como o ouro subiu meses antes da confirmação da política, o posicionamento enxuto do Bitcoin e sua sensibilidade histórica aos ciclos de liquidez podem transformar essa combinação rara de políticas em um poderoso catalisador de alta, potencialmente reativando o impulso em direção a novas máximas no quarto trimestre.
A plataforma de análises Tephra Digital já havia previsto:
“Se as correlações atrasadas do Bitcoin com M2 e ouro se mantiverem, o restante do ano pode ser muito interessante. Os gráficos abaixo apontam para US$ 167 mil–185 mil.”
Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo investimento e operação de trade envolve risco, e os leitores devem realizar suas próprias pesquisas ao tomar uma decisão.