Principais pontos:
O Bitcoin caiu 14% em relação à sua máxima histórica de US$ 124.500, o que levou a uma queda na oferta de BTC em lucro, sinalizando exaustão do mercado.
A zona de oferta entre US$ 112.000 e US$ 116.000 precisa ser superada para iniciar a próxima pernada de alta.
O Bitcoin (BTC) caiu 14% de sua máxima histórica de US$ 124.500 para uma mínima de sete semanas de US$ 107.400 no sábado. Essa correção levou o mercado a uma ampla fase de distribuição líquida, fazendo com que a “fase de euforia” esfriasse, segundo uma nova análise.
Queda do Bitcoin para US$ 107.000 sugere “exaustão”
O rali para novas máximas em meados de agosto colocou 100% da oferta de Bitcoin em lucro, de acordo com dados da Glassnode.
Sustentar tais períodos requer entradas persistentes de capital fortes o suficiente para compensar a realização contínua de lucros, uma situação que raramente dura por muito tempo.
“Esse comportamento é frequentemente capturado pela base de custo do quantil 0,95, o limite acima do qual 95% da oferta está em lucro”, disse a Glassnode em sua última edição do The Week Onchain Report.
A fase mais recente de euforia durou cerca de 3,5 meses, com mais de 95% da oferta em lucro.
Ainda assim, o Bitcoin caiu abaixo dessa faixa em 19 de agosto, quando “a demanda finalmente mostrou sinais de exaustão”, disse a firma de inteligência de mercado.
Atualmente, 90% da oferta de Bitcoin está em lucro, o que se encontra entre a base de custo do quantil 0,85 e 0,95, ou na faixa entre US$ 104.100 e US$ 114.300.
“Historicamente, essa zona tem atuado como um corredor de consolidação após picos eufóricos, frequentemente levando a um mercado lateral instável”, escreveu a Glassnode, acrescentando:
“Romper abaixo de US$ 104,1 mil repetiria as fases de exaustão pós-máxima histórica vistas anteriormente neste ciclo, enquanto uma recuperação acima de US$ 114,3 mil sinalizaria que a demanda está encontrando suporte e retomando o controle da tendência.”
Da mesma forma, a porcentagem da oferta de detentores de curto prazo em lucro despencou de mais de 90% para apenas 42%, indicando um resfriamento clássico do mercado.
A Glassnode explicou ainda:
“Tais reversões acentuadas normalmente provocam vendas motivadas pelo medo por parte de compradores no topo, que são frequentemente seguidas por exaustão desses mesmos vendedores.”
Com a recente reação do preço do BTC para US$ 112.000, mais de 60% da oferta dos detentores de curto prazo voltou a ficar em lucro. No entanto, esse retorno ainda é frágil, segundo a Glassnode.
“Apenas uma recuperação sustentada acima de US$ 114 mil–US$ 116 mil, onde mais de 75% da oferta dos detentores de curto prazo retornaria ao lucro, poderia fornecer a confiança necessária para atrair nova demanda e impulsionar a próxima pernada de alta.”
Principal resistência do Bitcoin permanece em US$ 112.000
O rali de alívio do Bitcoin estagnou em US$ 112.000 várias vezes nesta semana, indicando que os ursos estão defendendo agressivamente esse nível.
O preço enfrenta forte resistência na zona de oferta entre US$ 111.700 e US$ 115.500, que também corresponde às médias móveis simples de 100 dias (SMA) e 50 dias, como mostrado no gráfico abaixo.
Os touros precisam transformar essa área em novo suporte para confirmar o fim da correção ou correr o risco de mais queda no curto prazo.
O Bitcoin tem “estado em consolidação abaixo de sua faixa local anterior e falhou em retomá-la”, disse o trader e analista Daan Crypto Trades em uma publicação no X na quinta-feira.
“Um movimento de volta acima de US$ 112 mil e sua sustentação seria positivo no curto prazo.”
Como a Cointelegraph reportou, há forte resistência na média móvel exponencial de 20 dias (EMA) em US$ 112.438, que o preço do Bitcoin precisa superar para confirmar mínimas mais altas.
Tal movimento sugeriria que a fase corretiva pode ter terminado. O BTC/USD pode então tentar um rali em direção às máximas históricas.
Este artigo não contém conselhos ou recomendações de investimento. Todo investimento e negociação envolve riscos, e os leitores devem realizar sua própria pesquisa ao tomar uma decisão.